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Javier El-Hage: “Sem direitos humanos não há democracia”

Na opinião do diretor geral da Human Rights Foundation, Javier El-Hage, 
é importante reconhecer que na América Latina atual só há um estado totalitário: Cuba. El-Hage participou do 2o Fórum Democracia & Liberdade, promovido pelo Instituto Millenium em São Paulo, e dividiu o primeiro painel “Democracia, liberdade e direitos humanos” com a ativista iraniana Mina Ahadi. Para o mestre em Direito Internacional pela Columbia University, outros países vivem em ambientes muito […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2011 às 15h16.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 12h21.

Na opinião do diretor geral da Human Rights Foundation, Javier El-Hage, 
é importante reconhecer que na América Latina atual só há um estado totalitário: Cuba.

El-Hage participou do 2o Fórum Democracia & Liberdade, promovido pelo Instituto Millenium em São Paulo, e dividiu o primeiro painel “Democracia, liberdade e direitos humanos” com a ativista iraniana Mina Ahadi.

Para o mestre em Direito Internacional pela Columbia University, outros países vivem em ambientes muito próximos ao totalitarismo, mas ainda têm formas de superar essa situação graças às eleições democráticas: “A Venezuela, por exemplo, está entre o autoritarismo competitivo e o totalitarismo, as eleições de lá não podem ser consideradas livres e justas, mas ainda há chance real da oposição vencer o pleito. 
O presidente do Equador, por exemplo, fez uma afirmação recente sobre cuba: ‘Cuba tem sua forma de democracia. Não é liberal, mas cuba tem eleições’. Pergunte aos dissidentes, eles não têm nem acesso a Internet”.

El-Hage apresentou ainda um panorama dos sistemas políticos da América Latina e criticou o comunismo ferrenho, como o da Coréia do Norte, no qual muitas pessoas morrem de fome, imposta pelo sistema político.

Ao final do debate, questionado se apoia a intervenção internacional de países para a implantação da democracia em regimes totalitários, El- disse que sim, desde que tais intervenções preservem ao máximo a sociedade local.

O diretor da Human Rights Foundation também enfatizou que muitos países não poderiam carregar a palavra “democrático” em seus regimes, pois o conceito de ‘democracia’ do direito internacional não permitiria: “Não há exemplos históricos de países que tinham liberdade política sem liberdade econômica. Ao contrário, países quem tem liberdade econômica sem liberdade política existiram”.

El- Hage ainda fez uma defesa dos direitos humanos: “Não há democracia sem direitos humanos, não há direitos humanos sem democracia”.

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Na opinião do diretor geral da Human Rights Foundation, Javier El-Hage, 
é importante reconhecer que na América Latina atual só há um estado totalitário: Cuba.

El-Hage participou do 2o Fórum Democracia & Liberdade, promovido pelo Instituto Millenium em São Paulo, e dividiu o primeiro painel “Democracia, liberdade e direitos humanos” com a ativista iraniana Mina Ahadi.

Para o mestre em Direito Internacional pela Columbia University, outros países vivem em ambientes muito próximos ao totalitarismo, mas ainda têm formas de superar essa situação graças às eleições democráticas: “A Venezuela, por exemplo, está entre o autoritarismo competitivo e o totalitarismo, as eleições de lá não podem ser consideradas livres e justas, mas ainda há chance real da oposição vencer o pleito. 
O presidente do Equador, por exemplo, fez uma afirmação recente sobre cuba: ‘Cuba tem sua forma de democracia. Não é liberal, mas cuba tem eleições’. Pergunte aos dissidentes, eles não têm nem acesso a Internet”.

El-Hage apresentou ainda um panorama dos sistemas políticos da América Latina e criticou o comunismo ferrenho, como o da Coréia do Norte, no qual muitas pessoas morrem de fome, imposta pelo sistema político.

Ao final do debate, questionado se apoia a intervenção internacional de países para a implantação da democracia em regimes totalitários, El- disse que sim, desde que tais intervenções preservem ao máximo a sociedade local.

O diretor da Human Rights Foundation também enfatizou que muitos países não poderiam carregar a palavra “democrático” em seus regimes, pois o conceito de ‘democracia’ do direito internacional não permitiria: “Não há exemplos históricos de países que tinham liberdade política sem liberdade econômica. Ao contrário, países quem tem liberdade econômica sem liberdade política existiram”.

El- Hage ainda fez uma defesa dos direitos humanos: “Não há democracia sem direitos humanos, não há direitos humanos sem democracia”.

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