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BNDES cria hub digital também chamado de “Tinder” da infraestrutura

Segundo especialista, a plataforma deve reunir cerca de R$ 300 bilhões em projetos até o próximo ano

(Paulo Fridman/Getty Images)
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Publicado em 24 de agosto de 2021 às 14h37.

Estar atento aos movimentos do mercado é fundamental para o crescimento dos negócios. E, com o intuito de ampliar o seu campo de atuação, o BNDES acaba de lançar uma plataforma digital, que também está sendo chamada de “ Tinder do BNDES ”, por ter como proposta facilitar o acesso entre associados qualificados e investimentos.

O editor-chefe da casa de investimentos Apex Partners, Luan Sperandio, explica que esse hub digital lista projetos de concessões e privatizações, com informações bem detalhadas para quem estiver interessado nas iniciativas. “Até o momento são 120 projetos que vão representar juntos cerca de R$260 bilhões em investimentos. A expectativa é chegar a R$ 300 bilhões até o próximo do ano”, comentou.

Para chegar aos valores esperados, Luan Sperandio ressalta a importância da continuidade de uma agenda fiscal. “Lembro que quando tivemos aprovação da regra do teto de gastos, em 2016, pouco antes disso nossa Selic estava em 14,25% e, a partir desse controle, dessa previsibilidade de gastos públicos, a gente passa a ter uma queda dessa taxa para aproximadamente 2%”, destacou.

Mesmo antes da pandemia, a Selic já se encontrava em uma mínima histórica e espera-se que até o final do ano, a taxa fique em torno de 7%, mantendo uma taxa de juros ainda baixa para o histórico brasileiro. De acordo com o especialista, relacionar o gasto público e Selic para um tipo de investimento em infraestrutura é fundamental pois ambos “são investimentos de longo prazo e quando a taxa de juros é menor, se tem maior atratividade desses projetos”.

Leia também Qual deve ser o limite da participação do Estado na economia? Programa de Estímulo ao Crédito (PEC) aumentará a oferta de crédito para micro empreendedores

Dentro desse contexto, a segurança jurídica também deve ser destacada, já que ajuda a ampliar o rol de projetos dentro desse hub de concessões. “Tivemos diversas agendas de reformas tramitando e evoluindo nos últimos anos. Destaco aqui o marco do saneamento básico, que tem projetos de concessões do saneamento dentro desse hub digital do BNDES. E a expectativa de, na próxima década, a gente ter muitos projetos nesse sentido”, destacou.

Esse sistema deve ser uma tendência para outros segmentos por ser um tipo de tecnologia que aumenta a eficiência e desempenho de iniciativas, podendo ser usada sem intermediários.

“As principais características dessa estratégia são a comunicação instantânea e o acesso global, ou seja, qualquer investidor do mundo pode ter acesso aos projetos de infraestrutura que estão precisando de captação aqui no Brasil, a partir do BNDES. E tem o aumento de disponibilidade desta oferta, possibilitando diminuir assimetrias de informação em relação a esses projetos. É uma estratégia que a iniciativa privada e o mundo corporativo têm usado cada vez mais e que agora chegou ao BNDES”, esclareceu.

+Adriano Pires é o novo palestrante do projeto Aula Magna!

Os impactos devem ser grandes na economia, pois podem aumentar o PIB trazendo desenvolvimento. “A partir do momento que se tem iniciativas como essa do BNDES, de disponibilizar esses projetos para capital privado - uma lógica completamente diferente do que vimos na década passada - de protagonismo de investimento do setor público, temos expectativas de que esses projetos sejam viabilizados mais rapidamente, para que a gente possa ter um país com infraestrutura mais adequada para nossos desafios”, finalizou.

Quanto mais o setor privado puder se envolver na economia do país, maiores e melhores serão as chances para que a retomada econômica aconteça. Por isso, aqui no Instituto Millenium produzimos conteúdos relevantes com a proposta de trazer, para o debate, esses assuntos tão importantes para a nossa sociedade.

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O editor-chefe da casa de investimentos Apex Partners, Luan Sperandio, explica que esse hub digital lista projetos de concessões e privatizações, com informações bem detalhadas para quem estiver interessado nas iniciativas. “Até o momento são 120 projetos que vão representar juntos cerca de R$260 bilhões em investimentos. A expectativa é chegar a R$ 300 bilhões até o próximo do ano”, comentou.

Para chegar aos valores esperados, Luan Sperandio ressalta a importância da continuidade de uma agenda fiscal. “Lembro que quando tivemos aprovação da regra do teto de gastos, em 2016, pouco antes disso nossa Selic estava em 14,25% e, a partir desse controle, dessa previsibilidade de gastos públicos, a gente passa a ter uma queda dessa taxa para aproximadamente 2%”, destacou.

Mesmo antes da pandemia, a Selic já se encontrava em uma mínima histórica e espera-se que até o final do ano, a taxa fique em torno de 7%, mantendo uma taxa de juros ainda baixa para o histórico brasileiro. De acordo com o especialista, relacionar o gasto público e Selic para um tipo de investimento em infraestrutura é fundamental pois ambos “são investimentos de longo prazo e quando a taxa de juros é menor, se tem maior atratividade desses projetos”.

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“As principais características dessa estratégia são a comunicação instantânea e o acesso global, ou seja, qualquer investidor do mundo pode ter acesso aos projetos de infraestrutura que estão precisando de captação aqui no Brasil, a partir do BNDES. E tem o aumento de disponibilidade desta oferta, possibilitando diminuir assimetrias de informação em relação a esses projetos. É uma estratégia que a iniciativa privada e o mundo corporativo têm usado cada vez mais e que agora chegou ao BNDES”, esclareceu.

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Quanto mais o setor privado puder se envolver na economia do país, maiores e melhores serão as chances para que a retomada econômica aconteça. Por isso, aqui no Instituto Millenium produzimos conteúdos relevantes com a proposta de trazer, para o debate, esses assuntos tão importantes para a nossa sociedade.

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