Itaú destaca péssimo cenário dos patrocínios no futebol nacional
Cenário econômico dos dois últimos anos complica, mas clubes ainda falham muito. Palmeiras, Flamengo e Corinthians lideram receitas.
Vinicius Lordello
Publicado em 21 de junho de 2017 às 09h14.
Última atualização em 29 de outubro de 2021 às 13h45.
Os clubes de futebol no Brasil estão patinando no assunto Patrocínio. É uma das constatações que traz a já tradicional Análise Econômico-Financeira dos Clubes Brasileiros de Futebol, divulgada anualmente pelo Itaú. A avaliação é elaborada pelos profissionais da Área de Crédito do Itaú BBA e baseada exclusivamente em informações públicas, encontradas nos balanços divulgados pelos próprios clubes. São vários itens analisados, tanto para receitas como despesas.
O blog Esporte Executivo traz como recorte a análise sobre Publicidade para o ano de 2016, que considera as receitas com patrocínios. Em comparação com 2015, o crescimento nominal foi de apenas 1%, o que, segundo o Itaú, além de mostrar o reflexo da situação econômica do País, escancara a incapacidade dos Clubes em incrementar essa fonte de receita. Ainda há um detalhe que deixa a realidade ainda pior: a Crefisa, patrocinadora do Palmeiras, respondeu, em 2015, por 12% de todas as receitas com publicidade nos clubes e aumentou participação para 17,6%, em 2016. Ou seja, se desconsiderada a empresa da conta, as receitas teriam caído, nominalmente, 4%.
O retrato é ainda mais decepcionante quando o Futebol, esporte mais popular do país, é comparado ao total movimentando no Setor Publicitário Brasileiro: inexpressivos 0,42% do bolo publicitário. Ou seja, o futebol brasileiro não tem sabido se vender. Porque o mesmo esporte se vende bem na maioria dos países do mundo onde são populares.
No recorte em relação aos clubes, nenhuma novidade em relação a 2015: Palmeiras, Flamengo e Corinthians abocanham a maior parte das Receitas de Publicidade do Futebol Brasileiro, em termos de clubes e, juntos, representaram 41% do total em 2015 e aumentaram a presença para 43% em 2016. Os novos acordos do Flamengo devem fazer esse número crescer em 2017. O estudo aponta que alguns clubes até melhoraram suas posições, ao mesmo tempo que o Vasco sofreu bastante jogando a Série B. Mas especialmente São Paulo e Vasco, clubes de Torcida e força semelhantes aos 3 primeiros, deveriam apresentar resultados melhores.
No segundo gráfico (ao lado) é exposta a relação entre Receita com Publicidade e Torcida, comparando-os de forma a definir qual o valor supostamente recebido por torcedor. Há uma enorme discrepância entre o que se paga “por torcedor Palmeirense” em relação ao que se paga aos demais clubes. Deveria servir como referência para que os demais clubes buscassem elevar suas receitas.
O estudo traz como ressalva explicativa o que é a grande falha dos clubes brasileiros: no Brasil ainda se analisa retorno Publicitário pela exposição da marca – tempo e audiência de TV– e não através do apelo à fidelidade e lealdade do torcedor à marca, ações capazes de entregar mais tanto ao clube quanto ao Patrocinador. Mas é preciso que os clubes entendam algo relevante: não são vitrines, são canais. Não é mais possível entender que o maior benefício de uma marca é estar exposta na camisa do time. É preciso que as marcas (do patrocinador e do clube) se conversem e aproveitem toda a paixão e lealdade que estão emaranhadas ao nosso mais popular esporte.
Os clubes de futebol no Brasil estão patinando no assunto Patrocínio. É uma das constatações que traz a já tradicional Análise Econômico-Financeira dos Clubes Brasileiros de Futebol, divulgada anualmente pelo Itaú. A avaliação é elaborada pelos profissionais da Área de Crédito do Itaú BBA e baseada exclusivamente em informações públicas, encontradas nos balanços divulgados pelos próprios clubes. São vários itens analisados, tanto para receitas como despesas.
O blog Esporte Executivo traz como recorte a análise sobre Publicidade para o ano de 2016, que considera as receitas com patrocínios. Em comparação com 2015, o crescimento nominal foi de apenas 1%, o que, segundo o Itaú, além de mostrar o reflexo da situação econômica do País, escancara a incapacidade dos Clubes em incrementar essa fonte de receita. Ainda há um detalhe que deixa a realidade ainda pior: a Crefisa, patrocinadora do Palmeiras, respondeu, em 2015, por 12% de todas as receitas com publicidade nos clubes e aumentou participação para 17,6%, em 2016. Ou seja, se desconsiderada a empresa da conta, as receitas teriam caído, nominalmente, 4%.
O retrato é ainda mais decepcionante quando o Futebol, esporte mais popular do país, é comparado ao total movimentando no Setor Publicitário Brasileiro: inexpressivos 0,42% do bolo publicitário. Ou seja, o futebol brasileiro não tem sabido se vender. Porque o mesmo esporte se vende bem na maioria dos países do mundo onde são populares.
No recorte em relação aos clubes, nenhuma novidade em relação a 2015: Palmeiras, Flamengo e Corinthians abocanham a maior parte das Receitas de Publicidade do Futebol Brasileiro, em termos de clubes e, juntos, representaram 41% do total em 2015 e aumentaram a presença para 43% em 2016. Os novos acordos do Flamengo devem fazer esse número crescer em 2017. O estudo aponta que alguns clubes até melhoraram suas posições, ao mesmo tempo que o Vasco sofreu bastante jogando a Série B. Mas especialmente São Paulo e Vasco, clubes de Torcida e força semelhantes aos 3 primeiros, deveriam apresentar resultados melhores.
No segundo gráfico (ao lado) é exposta a relação entre Receita com Publicidade e Torcida, comparando-os de forma a definir qual o valor supostamente recebido por torcedor. Há uma enorme discrepância entre o que se paga “por torcedor Palmeirense” em relação ao que se paga aos demais clubes. Deveria servir como referência para que os demais clubes buscassem elevar suas receitas.
O estudo traz como ressalva explicativa o que é a grande falha dos clubes brasileiros: no Brasil ainda se analisa retorno Publicitário pela exposição da marca – tempo e audiência de TV– e não através do apelo à fidelidade e lealdade do torcedor à marca, ações capazes de entregar mais tanto ao clube quanto ao Patrocinador. Mas é preciso que os clubes entendam algo relevante: não são vitrines, são canais. Não é mais possível entender que o maior benefício de uma marca é estar exposta na camisa do time. É preciso que as marcas (do patrocinador e do clube) se conversem e aproveitem toda a paixão e lealdade que estão emaranhadas ao nosso mais popular esporte.