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Vírus desconhecido que matou uma pessoa na China começa a se espalhar

Variação do coronavírus já infectou mais de 60 pessoas e ataca as vias respiratórias e os pulmões

Coronavírus: variação da infecção está causando preocupação na China (Callista Images/Getty Images)
RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 15 de janeiro de 2020 às 19h53.

Última atualização em 16 de janeiro de 2020 às 09h56.

São Paulo - Um vírus desconhecido que já infectou mais de 60 pessoas na China e causou uma morte pode estar começando a se espalhar para outros países. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma mulher chinesa que visitou a Tailândia nesta semana apresentou os sintomas diagnosticados em outros pacientes.

Segundo a CNN, a vítima de 61 anos foi identificada na segunda-feira (13) e colocada em quarentena logo em seguida. Ela viajava da cidade de Wuhan, na região central da China, onde o surto teria começado no dia 12 de dezembro.

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Estima-se que cerca de 60 pessoas já tenham sido infectadas e outras 150 estejam em observação por terem tido contato com as vítimas.

Ainda não há muitas informações sobre a epidemia . Sabe-se que se trata de uma dessas sete mutações do coronavírus, que pode causar doenças respiratórias. Estudos preliminares apontam que o novo vírus é da mesma família do Sars, Síndrome Respiratória Aguda Grave. Desde 2002, das 8.098 pessoas infectadas por esse tipo de coronavírus, 774 morreram.

Sobre as formas de contágio, há a possibilidade de que ocorra pelo contato entre pessoas ou com animais. A vítima chinesa identificada na Tailândia, por exemplo, visitou mercados abertos que comercializam peixes e frutos do mar, pássaros, coelhos e até cobras. Outras vítimas também frequentaram locais semelhantes.

Vale lembrar que o Sars, por exemplo, passou para humanos a partir do contato com um animal selvagem, mais especificamente uma civeta – um tipo de guaxinim considerado iguaria na China. Já o Mers, a Síndrome Respiratória do Oriente Médio, veio dos dromedários.

O caso registrado na Tailândia acende um alerta no mundo. A preocupação se dá por conta da saída de chineses durante o feriado de Ano-Novo chinês, no dia 25 de janeiro. Aeroportos do país já estão com scanners de temperatura para identificar possíveis vítimas.

Fora da China, autoridades de saúde estão investigando o caso. Cientistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) classificaram a epidemia como um alerta de nível um, o mais baixo entre três possíveis e recomendou cautela nas viagens para a região chinesa.

O Itamaraty, através de seu portal online em que dá informações para viajantes que pretendem ir para a China, ainda não fez qualquer menção ao surto.

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