Vacinas não vão acabar com o coronavírus num futuro próximo, diz OMS
Segundo o órgão, é preciso medir a empolgação e seguir com as recomendações de cuidados: lavar as mãos, usar a máscara e manter o distanciamento
Rodrigo Loureiro
Publicado em 17 de dezembro de 2020 às 10h32.
Última atualização em 17 de dezembro de 2020 às 10h32.
A vacina não é uma solução mágica. Isso é o que diz a Organização Mundial da Saúde (OMS) . Segundo o órgão, os imunizantes em desenvolvimento não devem erradicar o novo coronavírus tão logo sejam disponibilizados para a população. “Há alguma luz no final de um longo túnel, mas essas vacinas não são uma bala de prata que acabará com a pandemia em um futuro próximo”, disse Takeshi Kasai, o diretor regional da OMS.
Segundo Kasai, o desenvolvimento de uma vacina nos Estados Unidos e no Reino Unido, onde as campanhas de vacinação já começaram, são promissoras. Mas é preciso ter cautela. “Estamos cansados desta pandemia, mas devemos nos ater às ações e comportamentos que protegem não só a nós mesmos, mas também àqueles que nos rodeiam: lavar as mãos, usar máscara, realizar o distanciamento físico e evitar locais de alto risco de transmissão."
O pronunciamento foi feito nesta quinta-feira (17). “Isso significa que, cansados como todos estamos desta pandemia, devemos nos ater às ações e comportamentos que protegem não só a nós mesmos, mas também àqueles que nos rodeiam: lavar as mãos, usar máscara, distanciar-se físico e evitar locais de alto risco de transmissão”, disse Kasai.
As declarações do diretor da OMS foram dadas durante um comunicado da OMS sobre a disponibilidade de vacinas para a região do Pacífico Ocidental. “Se a escala estiver correta e o investimento for feito, deveremos ter doses para vacinar todas as pessoas do mundo em situação de prioridade alta no mundo até o fim de 2021”, afirmou Kasai, conforme reporta o site South China Morning Post.
O grupo de alta prioridade é composto por pessoas idosas (com mais de 60 anos), pessoas com problemas de saúde considerados de alto risco, além de profissionais de saúde e trabalhadores essenciais. Para o restante da população mundial, e que não faz parte dos grupos de alto risco, o executivo informou que espera que a vacinação ocorra em período de mais 12 a 24 meses. “Mesmo assim, há algumas incertezas e incógnitas”, disse.