Vacinação rápida salvou 300.000 vidas nos Estados Unidos, estima estudo
Pesquisa também afirma que 1,25 milhão de hospitalizações foram evitadas por conta da rápida distribuição e aplicação de imunizantes contra a covid-19
Laura Pancini
Publicado em 8 de julho de 2021 às 10h44.
Mesmo com o surgimento de novas variantes, os Estados Unidos conseguiu evitar 1,25 milhão de hospitalizações e por volta de 300.000 mortes com sua campanha de vacinação acelerada contra o coronavírus desde dezembro de 2020.
A estimativa é de um estudo da Yale School of Public Health e do Commonwealth Fund.
Caso a campanha de vacinação não tivesse iniciado no final de 2020, as mortes teriam saltado para uma média de 4.500 por dia.
Os pesquisadores acreditam que uma segunda onda estimulada pela variante Alfa, originada no Reino Unido, teria causado um aumento drástico nos números.
Além das mortes e hospitalizações, o país teria enfrentado 26 milhões de casos sintomáticos adicionais na ausência de um programa de vacinação.
Se o ritmo da vacinação fosse cortado na metade, 121.000 mortes, 450.000 hospitalizações e 22 milhões de casos adicionais teriam ocorrido.
Ao todo, os EUA teve 33 milhões de casos, 600.000 mortes e 330 milhões de doses administradas até agora. O Brasil , para comparação, teve 18 milhões de casos, 500.000 mortes e 103 milhões de doses administradas.
Apesar dos EUA estar em 17° na campanha de vacinação global, o surgimento da variante Delta, originada na Índia, causa preocupações para a parte da população que ainda não está vacinada. Atualmente, 40% dos casos nos Estados Unidos são por conta da cepa, que já está se tornando predominante em alguns países.
Porém, o país já conta com a presença das cepas Alfa e Gama e mesmo assim teve uma queda drástica em casos e mortes por conta da vacinação acelerada que, em abril de 2021, atingiu 3 milhões de doses aplicadas por dia.
Em Israel , país também avançado na vacinação, a cepa Delta levou a volta de restrições como uso de máscara e distanciamento social.
"Um compromisso renovado para expandir o acesso à vacina será crucial para alcançar níveis mais altos de vacinação necessários para controlar a pandemia e prevenir sofrimentos evitáveis", disseram os autores.
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