Brasil recebe hoje 1,5 milhão de doses da vacina Janssen
Além do atraso, o lote é metade do previsto e chega com prazo de validade esticado
André Lopes
Publicado em 22 de junho de 2021 às 06h00.
Última atualização em 22 de junho de 2021 às 10h06.
Depois de uma semana de atraso, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comemorou a chegada ao Brasil na manhã desta terça-feira do primeiro lote com 1,5 milhão de doses da vacina contra Covid-19 da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, e disse que espera acabar com o caráter pandêmico da doença no país com toda a população maior de 18 anos vacinada com uma primeira doe até setembro.
"A certeza de que, em setembro, teremos a população acima de 18 anos imunizada com a primeira dose da vacina contra Covid-19 e a esperança de pôr fim ao caráter pandêmico desta doença", disse ele, em sua fala no Aeroporto de Guarulhos, onde acompanhou a chegada das primeiras doses do imunizante, aplicado em dose única, ao Brasil.
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O ministro destacou ainda o fato de que as negociações com o laboratório resultaram numa economia de 25% do valor da compra, de 400 milhões de reais. O Ministério da Saúde tem contrato para fornecimento de 38 milhões de doses da vacina da Janssen ao país.
O novo lote deve ser suficiente para imunizar 1,5 milhões de brasileiros, já que a vacina precisa de somente uma dose para garantir imunidade.
Os imunizantes desembarcam com a missão de manter os níveis de vacinação do Brasil acima de milhões de aplicações por dia, e garantir que postos não fiquem parados. Isto porque é necessário que todas as aplicações sejam feitas até agosto, devido ao prazo máximo da validade da Janssen.
A data inicialmente considerada pelo governo federal era de até 27 de junho, mas uma estudo da Anvisa garantiu que seria possível usar os imunizantes até 8 de agosto, desde que armazenados em temperatura de 2° a 8°C.
Assim como a vacina da AstraZeneca, a vacina da Janssen é baseada em um adenovírus, queé unido ao material genético das proteínas da espícula do coronavírus (que são usadas pelo vírus para infectar as células humanas).Durante a fase de estudos, a vacina teve72% de eficácia nos testes realizados nos Estados Unidos, e 66% na América Latina, acima da taxa de 50% exigida pela Anvisa.
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