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Tratamento protege camundongo do zika durante gravidez

O tratamento experimental feito por pesquisadores americanos é derivado de anticorpos tirados do sangue de pessoas que se recuperaram da infecção do zika

Zika: o tratamento reduziu a quantidade do vírus e também protegeu os filhotes dos danos do vírus (Marvin Recinos / AFP)
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Reuters

Publicado em 7 de novembro de 2016 às 18h43.

Chicago - Um novo estudo sobre o vírus zika em camundongos cria esperanças para uma maneira de proteger gestantes e seus bebês das possíveis consequências de serem infectados, disseram pesquisadores norte-americanos nesta segunda-feira.

O tratamento experimental é derivado de anticorpos tirados do sangue de pessoas que se recuperaram da infecção do zika.

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Testado em fêmeas de camundongos grávidas, o tratamento reduziu a quantidade do vírus e também protegeu os filhotes dos danos do vírus.

O zika, que se espalha principalmente via mosquitos, é conhecido por causar problemas em bebês cujas mães foram infectadas durante a gravidez.

"Isso é prova do princípio de que o vírus zika durante a gravidez é tratável, e nós temos um anticorpo humano que trata isso, pelo menos em camundongos", disse Michael Diamond, da Escola de Medicina da Universidade de Washington, um dos autores do estudo publicado nesta segunda-feira no periódico Nature.

No estudo, os pesquisadores examinaram 29 anticorpos específicos para o zika tirados de células brancas do sangue de pacientes que se recuperaram da infecção causada por variedades da Ásia, África e Américas.

Eles encontraram um, chamado ZIKV-117, que neutralizou todas as variedades. A equipe testou então os anticorpos em camundongos um dia antes e um dia depois da infecção com o zika.

"O anticorpo reduz o vírus na mãe e também no feto, e protege contra danos fetais e da placenta", afirmou James Crowe, da Escola de Medicina da Universidade Vanderbilt.

Crowe disse que planejava seguir avançando, licenciando o produto para parceiros comerciais.

Ele acredita que isso possa estar pronto para testes em pessoas dentro de um período de nove a 12 meses.

Porém, Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, órgão que financiou a pesquisa, alertou que nem tudo que funciona com camundongos funciona com pessoas.

Contudo, ele disse: "Somente o fato de que você conseguiu um resultado positivo com camundongos significa um ímpeto muito bom para seguir para o próximo passo, que poderia ser com um primata não humano, e ver se as mesmas coisas funcionam com um primata não humano".

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