Sputnik V protege contra variantes da covid-19, diz criador da vacina
O diretor do centro Gamaleia que desenvolveu a vacina Sputnik V, Alexandre Guintsbourg, afirmou que as duas doses deste imunizante "protegem contra todas as variantes atualmente conhecidas
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2021 às 12h16.
Última atualização em 21 de junho de 2021 às 12h50.
A vacina russa Sputnik V protege contra "todas as variantes conhecidas" do coronavírus, incluindo a contagiosa Delta, responsável por uma virulenta onda de covid-19 na Rússia, defendeu seu criador, Alexandre Guintsbourg, nesta segunda-feira, 21.
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O diretor do centro Gamaleia que desenvolveu a vacina Sputnik V, Alexandre Guintsbourg, afirmou que as duas doses deste imunizante "protegem contra todas as variantes atualmente conhecidas, da britânica até a variante Delta, que surgiu na Índia".
Essa cepa, considerada mais contagiosa, está por trás de 90% dos novos casos registrados em Moscou, segundo seu prefeito Serguéi Sobianin.
A capital é o epicentro da segunda onda do vírus na Rússia e bateu recordes diários de infecções desde o início da pandemia.
As declarações de Guintsbourg buscam impulsionar a frustrada campanha de vacinação na Rússia, que enfrenta a desconfiança e relutância de sua população.
Despois de prometer um sorteio de um carro entre quem tomar a primeira dose, o prefeito de Moscou anunciou na semana passada que imporia a vacinação obrigatória para os trabalhadores do setor de serviços.
Por sua vez, São Petersburgo, a segunda cidade do país também exposta a um forte aumento de casos, anunciou que pretende vacinar 65% dos funcionários locais até agosto.
A Rússia é o país com mais mortes por covid-19 na Europa, com 129.801 óbitos segundo o governo, balanço que a agência de estatística Rosstat eleva para 270.000 desde o início da pandemia.
Sputnik V no Brasil
A importação da vacina russa foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com restrições.Ao todo, 13 dos 27 estados brasileiros tiveram permissão de importar a vacina.
A vacina será aplicada no país com base na aprovação dela em agências estrangeiras — e, consequentemente, sob a avaliação estrangeira de critérios como eficácia, vigilância sanitária, processos de fabricação, entre outros — mas o imunizante não atende completamente às especificações da agência brasileira desses mesmos critérios de forma completa.
Veja algumas das condições para aplicação no Brasil:
- Só deve ser autorizada para uso em adultos saudáveis, estando suspensa para pessoas que integrem os grupos de risco
- Não deve ser administrada em menores de 18 anos, mulheres em idade fértil que desejam engravidar nos próximos 12 meses, enfermidades graves ou não controladas e antecedentes de anafilaxia
- Os estados que apresentaram o pedido de importação deverão suspender a importação, distribuição e uso da vacina caso a Anvisa ou a Organização Mundial da Saúde (OMS) reprovem o uso emergencial da Sputnik V futuramente.
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