SpaceX: concurso está aberto a residentes dos Estados Unidos acima dos 18 anos (SpaceX/Divulgação)
AFP
Publicado em 15 de novembro de 2020 às 15h32.
No primeiro voo de rotina de uma série que a Nasa espera estender, a SpaceX lança neste domingo (15), dos Estados Unidos, quatro astronautas para a Estação Espacial Internacional.
Três americanos - Michael Hopkins, Victor Glover e Shannon Walker --- e o astronauta japonês Soichi Noguchi decolam neste domingo (15), às 19h27 locais (21h27 em Brasília), do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.
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A tripulação chegará ao seu destino na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), por volta das 23h locais de segunda-feira (1h em Brasília), juntando-se a dois cosmonautas russos e a um americano a bordo. Ficarão por seis meses no espaço.
Este voo "operacional" dá continuidade à bem-sucedida missão de demonstração realizada de maio a agosto, na qual dois astronautas americanos foram levados para a ISS e, depois, trazidos com segurança para a Terra pela SpaceX.
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, assistirá ao lançamento pessoalmente.
A cápsula Dragon da SpaceX é, hoje, o segundo dispositivo capaz de chegar à ISS, ao lado da bastante confiável Soyouz russa. Esta última leva todos os visitantes à estação desde 2011, depois que os Estados Unidos interromperam seus voos tripulados há nove anos.
Um segundo ônibus espacial, fabricado pela Boeing, pode entrar em atividade em um ano.
A Nasa espera, no entanto, continuar cooperando com a Rússia. Para isso, a agência americana propôs facilitar lugares para seus cosmonautas em missões futuras e pretende que os americanos continuem a usar a Soyouz regularmente. As negociações se arrastam, porém.
"Queremos uma troca de lugares", disse o administrador da Nasa, Jim Bridenstine, em entrevista coletiva na sexta-feira.
"As conversas estão em andamento", limitou-se a dizer, como vem fazendo há meses.
A realidade é que os laços entre Washington e Moscou no âmbito espacial - um dos raros setores onde continuavam sendo bons - estão-se enfraquecendo.
Rompendo com mais de 20 anos de cooperação para a ISS, a Rússia não participará da próxima miniestação idealizada pela Nasa em torno da Lua, a Gateway.
O diretor da agência espacial russa (Roskosmos), Dmitri Rogozine, ironizou em 2014 a necessidade de os Estados Unidos usarem um "trampolim" para chegar à ISS.
Elon Musk, o polêmico presidente da SpaceX, não esqueceu a provocação e respondeu em maio: "O trampolim funciona".
Além de se tornar a transportadora preferida da Nasa, a empresa de Musk também é líder no mercado de lançamentos de satélites privados, obrigando a Rússia a rever seu ultrapassado programa espacial.