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Pesquisadores demonstram como melhorar o humor com técnica de 12 minutos

Universidade dos Estados Unidos realiza experimento social para analisar o humor dos universitários

Sentimentos: pesquisadores revelam como se sentir mais confiante e feliz durante o dia (Flickr/Creative Commons/jessicahtam/Reprodução)
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Maria Eduarda Cury

Publicado em 5 de maio de 2019 às 05h55.

Última atualização em 5 de maio de 2019 às 05h55.

São Paulo - Pesquisadores da Universidade Estadual de Iowa (ISU), nos Estados Unidos , realizaram um estudo com universitários e avaliaram o humor após passarem 12 minutos andando pelo campus e tendo pensamentos variados sobre as pessoas que viam lá. A descoberta foi que as pessoas que tiveram pensamentos positivos sobre as que viam apresentaram níveis mais elevados de felicidade e empatia, além de se sentirem menos ansiosas.

No experimento, os participantes foram divididos em quatro grupos, responderam a um teste e foram caminhar pelo campus. O primeiro grupo foi orientado a ter pensamentos amorosos e gentis deveria desejar felicidade a quem fosse avistado. Os 127 estudantes presentes nesse grupo deveriam ser tão verdadeiros quanto possível em seus desejos.

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Já outro grupo de 125 pessoas recebeu a tarefa de pensar em coisas que elas poderiam ter em comum com os alunos que encontrassem pelo caminho, como aulas, medos ou restaurantes favoritos. Os participantes do grupo de comparação social, de 109 estudantes, deveriam pensar em como eles mesmos eram melhores do que as pessoas que viam.

Os 135 universitários restantes foram colocados no grupo de controle, onde foram instruídos a focar apenas em detalhes externos, sem qualquer julgamento, e observar peças de roupa, maquiagem e outros itens que levavam com ele.

Terminado o experimento social, os participantes tinham que completar testes que mediam os níveis de seus sentimentos, como: ansiedade, felicidade, satisfação, empatia, conectividade, carinho, contentamento, narcisismo, entre outros. O grupo que obteve maior resposta positiva foi o primeiro, já que os níveis de empatia. conectividade e carinho foram os maiores, seguido pelo grupo de interconectividade.

Surpreendentemente, pessoas que obtiveram níveis altos no teste de narcisismo tiveram a mesma facilidade para ter pensamentos gentis do que pessoas que apresentaram baixos níveis narcisistas.

O grupo de comparação social descendente - que observa a própria vida como se fosse superior a dos demais -, de maneira geral, apresentou baixos níveis em sentimentos positivos como empatia, carinho e conectividade, ficando bem inferior ao grupo amoroso-gentil nesses quesitos.

O psicólogo da Universidade, Dawn Sweet, afirmou que mentes competitivas foram relacionadas ao stress, ansiedade e depressão: "Em sua essência, a comparação social descendente é uma estratégia competitiva, [...] Isso não quer dizer que não possa ter algum benefício, mas a mentalidade competitiva tem sido associada ao estresse, ansiedade e depressão."

O resultado desse estudo pode servir como um paralelo do recente fenômeno que diz que usuários ativos de redes sociais se sentem depressivos; anteriormente, esse pensamento era ligado com a ideia de comparação social para cima - que é o sentimento de que as vidas dos outros são melhores - e os sentimentos de inadequação e baixa autoestima.

A conclusão da pesquisa demonstra que os alunos engajados no experimento se sentiram mais leves e felizes, e que qualquer tipo de comparação social fará com que o indivíduo se sinta para baixo e como um desperdício. A intenção dos pesquisadores é incentivar ações mais gentis na sociedade.

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