Pesquisadores da UnB criam máscara que inativa a covid-19 — e tem eficácia similar à N95
Máscara tem três camadas de tecido que podem reter 95% de partículas sólidas, líquidas, oleosas e aerossóis e está em fase de ensaio clínico em um hospital de Brasília
Agência Brasil
Publicado em 3 de março de 2021 às 19h32.
Última atualização em 3 de março de 2021 às 19h37.
Pesquisadores de pós-graduação em sistemas mecatrônicos da Universidade de Brasília ( UnB ) desenvolveram uma máscara facial capaz de barrar e inativar o novo coronavírus . A ação do equipamento é devida à presença de um nanofilme de quitosana, na camada intermediária da máscara, substância derivada da casca do camarão.
Segundo a engenheira eletrônica e pesquisadora da UnB Angélica Kathariny de Oliveira Alves, o protetor facial tem ação antimicrobiana e capacidade de filtrar o vírus. "O nanofilme de quitosana, além de servir como uma barreira física para o vírus, é também uma barreira química, que tem a propriedade de inativar o vírus”, destacou.
A máscara, de fabricação 100% nacional, chamada de Vesta, é composta de três camadas de tecido que são capazes de reter até 95% de partículas sólidas, líquidas, oleosas e aerossóis. A capacidade é similar à dos protetores faciais N95 utilizados pelas equipes médicas que tratam pacientes com a covid-19 em ambiente hospitalar.
De acordo com a pesquisadora, o produto está em fase de ensaio clínico com os profissionais de saúde no Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília. Após isso, o respirador deverá ser submetido à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ).
Os pesquisadores que desenvolveram o produto são bolsistas da Coordenação de Pessoal de Nível Superior (Capes).