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Pesquisa aponta possível relação entre tintas de cabelo e câncer de mama

Produtos utilizados para tingir e alisar cabelos podem causar câncer de mama em mulheres que já apresentem algum risco de desenvolver a doença

Câncer de mama: nova pesquisa relata possível ligação entre tintas de cabelo e câncer de mama (Wikimedia Commons/Reprodução)
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Maria Eduarda Cury

Publicado em 8 de dezembro de 2019 às 09h00.

Última atualização em 10 de dezembro de 2019 às 09h35.

São Paulo — Um estudo publicado nesta semana pelo National Institute of Environmental Health Sciences diz que milhares dos produtos utilizados para tingir e alisar cabelos podem causar câncer de mama em mulheres que já apresentem algum risco de desenvolver a doença. A associação não é algo novo, mas a correlação entre os produtos e o câncer sempre foram pouco identificados.

Para garantir melhores resultados, os pesquisadores foram atrás de cerca de 47 mil mulheres que haviam sido diagnosticadas com a doença, e essas mulheres também tinham outros casos na família. Eles relataram, então, que os maiores índices da doença foram identificados em mulheres que tiveram contato direto com tais produtos.

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Era importante que as participantes fossem de diferentes locais e etnias. Por isso, a pesquisa contou com mulheres dos Estados Unidos e de Porto Rico, o que permitiu uma gama maior de experiências. 1 a cada 10 mulheres se identificavam como afro-americanas, o que permitiu que os grupos fossem subdivididos em raças.

As mulheres que se declararam brancas apresentaram um risco 8% maior de desenvolverem a doença, por usar tinta de cabelo permanente uma vez a cada 5 ou 8 semanas. As mulheres negras, que também disseram utilizar tintas de cabelo frequentemente, apresentam 60% de chances de desenvolverem câncer de mama. A porcentagem das mulheres que alisam o cabelo foi a mesma, independente de raça.

Ainda assim, esse resultado é relativo, conforme explica um trecho da pesquisa: "Esse risco absoluto é geralmente um número muito, muito pequeno. Nesse caso, nenhuma das mulheres no estudo teve um diagnóstico prévio de câncer de mama. Mas como as pessoas no banco de dados tinham um membro da família com câncer de mama, o risco de desenvolver a doença já estava acima do da população em geral."

Portanto, é impossível ter uma noção concreta das circunstâncias, visto que os fatores externos — como massa corporal, histórico familiar e idade — também são relevantes para identificar uma possível doença. A especulação é em relação a como produtos químicos podem afetar mulheres que já possuem alguma relação com o câncer.

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