Ciência

Meteorito raro que caiu recentemente no Reino Unido intriga cientistas

Chamada de Winchcombe, a rocha pode trazer respostas sobre a composição planetária do Sistema Solar

Meteorito Winchcombe foi encontrado no Reino Unido (Trustees of the Natural History Museum, London/Divulgação)

Meteorito Winchcombe foi encontrado no Reino Unido (Trustees of the Natural History Museum, London/Divulgação)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 11 de março de 2021 às 07h00.

Última atualização em 11 de março de 2021 às 10h48.

Na mesma semana em que cientistas divulgaram acreditar ter encontrado uma rocha de outro planeta na Argélia, outro meteorito está intrigando cientistas. Agora, no Reino Unido. Pesando quase 300 gramas, o meteorito Winchcombe teria caído de uma rocha espacial que sobrevoou o país e o norte da Europa no fim de fevereiro. O que intriga os cientistas é a composição da rocha, que pode ajudar a desvendar mistérios sobre a criação do Sistema Solar.

Os pesquisadores explicam que existem aproximadamente 65.000 meteoritos conhecidos na Terra, mas apenas 51 deles são formados por uma mistura de minerais e compostos orgânicos, incluindo aminoácidos, classificada como condritos carbonáceos. Este tipo de material está entre um dos mais primitivos e puros já encontrados pelos cientistas  pode indicar mais detalhes sobre a construção planetária.

Já é raro encontrar um meteorito no Reino Unido. O último a ser recuperado foi há mais de 30 anos. No caso do Winchcombe, que tem essa formação especificada (condrito carbonácea), isso nunca havia sido feito até então. “Fiquei em choque quando o vi e soube imediatamente que era um meteorito raro e um evento totalmente único”, disse o Richard Greenwood, pesquisador planetário da Open University, envolvido na descoberta.

Embora o meteorito tenha atravessado a atmosfera terrestre a 14 km por segundo, seu interior permaneceu frio e inalterado. Graças a recuperação rápida da rocha, os pesquisadores puderam evitar que houvesse qualquer alteração pode conta de danos da chuva e do clima, o que tornaria mais difícil de analisar o objeto espacial.

“É graças a esta colaboração internacional, incluindo pesquisadores de lugares distantes como a Austrália, que fomos capazes de calcular onde este meteorito pousou tão rapidamente e com tanta precisão, bem como de onde ele se originou no cinturão de asteroides”, afirmou Luke Daly, pesquisador da Universidade de Glasgow que lidera a UK Fireball Network, ao Sci-News.

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