iPhone poderá identificar depressão e sinais de Alzheimer em usuários
A ideia da fabricante é tornar os sensores e apps do smartphone e Apple Watch capazes de captar sintomas das duas doenças
André Lopes
Publicado em 24 de setembro de 2021 às 14h51.
Última atualização em 24 de setembro de 2021 às 16h25.
A Apple está trabalhando em dois projetos de estágios iniciais para tornar possível que seus dispositivos iPhone e Apple Watch identifiquem depressão e sinais de Alzheimer .
Segundo mostrou o Wall Street Journal, no início da semana, o primeiro projeto é fruto de uma parceria com a Universidade da Califórnia (UCLA), e vai utilizar informações da câmera e teclado, sensores de áudio e movimento, para analisar as expressões faciais, padrões de sono e mais para encontrar sinais de ansiedade e depressão.
Chamado pelo codinome “Seabreeze”, a pesquisa começou com 150 participantes no piloto. Já a fase principal de coleta de dados deve começar em breve com 3.000 pessoas. O projeto ainda prevê a distribuição de questionários para que os integrantes do estudo digam como se sentem e a análise de quantidade de cortisol nos folículos capilares dos participantes.
Já o segundo estudo leva o nome de “Pi”. Com ele busca-se avaliar os traços de digitação e expressões faciais para detectar algum tipo de degradação do comprometimento cognitivo, em soma de outros sintomas que indiquem até indícios de Alzheimer. O método de coleta de dados é similar à pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia.
O projeto busca observar cerca de 20.000 pessoas por dois anos, sendo metade com alto risco de deficiência cognitiva. Assim, será possível comparar os dados dos gadgets com os testes padrão de saúde do cérebro, como avaliações cognitivas tradicionais.
Ainda que ocorra bem nas pesquisas, ainda não se sabe quando e se os recursos chegarão ao iPhone e Apple Watch no futuro.