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Fumante com coronavírus tem 14 vezes mais risco de morrer

Segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, o tabagismo enfraquece o sistema imunológico e torna mais lenta a reação do corpo às infecções

Fumantes: a capacidade pulmonar reduzida também aumenta o risco de desenvolver as formas mais graves das infecções (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
AB

Agência Brasil

Publicado em 27 de maio de 2020 às 21h30.

Última atualização em 28 de maio de 2020 às 08h39.

As pessoas fumantes, infectadas com o novo coronavírus (covid-19), têm 14 vezes mais risco de morrer do que as não fumantes. O alerta é da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), que esta semana lançou em seu site uma campanha voltada à conscientização sobre os perigos de fumar.

“O fato de os fumantes estarem mais propensos às infecções virais e a probabilidade de morte 14 vezes maior quando a covid-19 infecta fumantes, de acordo com estudos realizados, faz deste um bom momento para se pensar em tratamentos antitabagismo”, ressalta o presidente da entidade, João Fernando Monteiro Ferreira.

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Segundo a associação de cardiologistas, o tabagismo enfraquece o sistema imunológico e torna mais lenta a reação do corpo às infecções.

A capacidade pulmonar reduzida, comum em fumantes, também aumenta o risco de desenvolver as formas mais graves das infecções.

“Trata-se da principal causa evitável de morte e encurta a vida de homens em dez anos e de mulheres em 12 anos”, disse o presidente da entidade.

De acordo com a entidade, o Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking mundial de tabagistas, são 7,1 milhões de mulheres e 11,1 milhões de homens fumantes. No entanto, o número de brasileiros que mantém o hábito de fumar caiu 38% nos últimos anos. Em 2019, 9,8% afirmavam ter o hábito de fumar, enquanto em 2006 o índice era de 15,6%.

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