Ainda não é possível saber se haverá vacina eficiente da covid-19, diz OMS
Apesar da declaração, o órgão ressaltou que existem várias candidatas avançando nas etapas previstas nessa busca de uma prevenção contra o coronavírus
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de julho de 2020 às 15h04.
Última atualização em 2 de julho de 2020 às 15h18.
Líder de equipe para Implementação de Pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS), Ana Maria Henao Restrepo afirmou que ainda não é possível saber se haverá vacina eficiente para a covid-19 . Segundo ela, porém, várias candidatas têm avançado nas etapas previstas nessa busca. "Nos sentimos encorajados com o progresso das vacinas, mas aguardamos mais resultados", disse Restrepo, durante entrevista coletiva da entidade.
A autoridade da OMS informou que há 17 vacinas para covid-19 em alguma etapa das fases de testes clínicos (1, 2 ou 3), neste momento, com expectativa de que nas próximas semanas esse número aumente.
Restrepo comentou que uma das candidatas, da Universidade de Oxford, está avançando agora para a fase 3 de testes, enquanto outras cinco delas estão na fase 2.
Longo caminho pela frente
Já a líder da resposta da OMS à pandemia da covid-19, Maria Van Kerkhove afirmou que "ainda há um longo caminho pela frente" na pandemia. A declaração foi dada durante entrevista coletiva da entidade, que apresentou e discutiu nesta quinta-feira, 2, uma atualização sobre o estado da pesquisa e do desenvolvimento de instrumentos na luta contra a doença.
Kerkhove disse que a OMS espera que não seja mais necessário fazer lockdowns adiante, com os governos a as pessoas atentos para o equilíbrio entre os cuidados com a saúde e a necessidade de apoiar a atividade econômica.
Além disso, insistiu que já há instrumentos disponíveis para romper as cadeias de transmissão da doença, como o distanciamento físico, o uso de máscaras, a higiene das mãos, testes, rastreamento de contatos e o tratamento dos doentes.
Também presente na coletiva, a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, disse que ainda não há uma resposta final sobre a eficácia do remdesivir contra a covid-19, com resultados até agora conflitantes em algumas pesquisas disponíveis.
Segundo ela, há várias investigações ainda em andamento sobre o medicamento, para buscar essa resposta.