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Kick-Ass 2 mantém energia do filme original

Ultra-pop e hiper-violento, sequência do filme sobre os super-heróis reais de Mark Millar e John Romita Jr consegue manter todas as qualidades do original

Diretor Jeff Wadlow e os atores Chloe Grace Moretz e Christopher Mintz Plasse durante evento para estreia do filme "Kick-Ass 2" em Londres (Ian Gavan/Getty Images)

Diretor Jeff Wadlow e os atores Chloe Grace Moretz e Christopher Mintz Plasse durante evento para estreia do filme "Kick-Ass 2" em Londres (Ian Gavan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 16h34.

São Paulo - Quando estreou em 2010, não faltaram superlativos para "Kick-Ass - Quebrando Tudo", aventura baseada em HQ homônima criado por Mark Millar e John Romita Jr. Ultra-pop e hiper-violento, o filme sobre os super-heróis reais foi inovador e audaz na forma e formato com que mesclava humor, ação e drama e referências ao mundo dos quadrinhos. A sequência, "Kick-Ass 2", consegue manter todas as qualidades do original.

Para lembrar, Kick-Ass é o alter-ego de Dave Lizewski (Aaron Taylor-Johnson), adolescente que passa a combater bandidos munido apenas de uma roupa colante e indignação. No combate ao crime, acaba conhecendo outros dois vigilantes: Big Daddy (Nicolas Cage) e sua filha de 10 anos Mindy (Chloë Grace Moretz), que roubava todas as cenas como a fantástica Hit Girl.

Depois de um final insólito, como todo o roteiro, em que Big Daddy acaba morrendo em ação, Kick-Ass e Hit Girl se despem de seus disfarces e partem para uma vida mais convencional de estudantes. Mas é justamente a indisposição de ambos para um cotidiano normal que dá início a esta continuação.

Dave quer voltar a usar a máscara e participar de grupos populares que, motivados por ele, incorporam os mais diferentes justiceiros contra o crime. É quando conhece o esquadrão Justiça para Sempre, liderado pelo Coronel Listras e Estrelas (referência à bandeira dos EUA), interpretado por Jim Carrey.

Já com Mindy a situação é inversa. Criada como uma vigilante pelo pai, seu alter-ego é, na verdade, a estudante boazinha. Ela é Hit-Girl. Porém, é pressionada por seu tutor Marcus (Morris Chestnut) a se comportar, como parte de uma promessa feita ao pai, antes de ele morrer.

Os problemas da dupla começam quando Chris D'Amico (Christopher Mintz-Plasse) dá início ao seu plano de vingança contra Kick-Ass e, por consequência, contra todos os heróis da cidade. Antes Red Mist, que viu o pai ser morto por um míssil atirado por Kick-Ass, agora ele se torna The Motherfucker, o primeiro super-vilão, que acompanha sua popularidade pelo Twitter.


Ele contrata um time de matadores de aluguel, uma espécie de exército do mal particular, para chegar ao seu arqui-inimigo. No caminho, mata a todos, incluindo aí o Justiça para Sempre, com especial dedicação da vigorosa Mother Russia (Olga Kurkulina), que em uma cena mata 12 policiais das mais diversas formas. Simplesmente, o destaque do filme.

O inglês Matthew Vaughn (de "Nem Tudo é o que Parece"), que produziu, roteirizou e dirigiu o primeiro filme, foi muito bem-sucedido porque teve plena liberdade para criar. Passou o bastão para alguém competente, como se mostrou Jeff Wadlow (direção e roteiro), e manteve-se como produtor, verificando se tudo corria como o esperado.

"Kick-Ass 2" diverte, emociona e choca não apenas pelo eletrizante roteiro, diálogos eloquentes, o corte acertado das cenas e o afinado elenco, mas também pela total falta de censura do que se projeta na tela. Assim, é ousado o bastante para ensinar como fazer uma franquia com muito sucesso e superlativas qualidades.

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