Casual

5 mitos e verdades sobre a decisão de parar de fumar

Se é tão óbvio que parar de fumar só traz benefícios à saúde, por que muita gente não consegue largar o cigarro?

 (AndreyPopov/Thinkstock)

(AndreyPopov/Thinkstock)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 8 de abril de 2017 às 07h55.

Última atualização em 8 de abril de 2017 às 07h55.

São Paulo – É inquestionável os malefícios do cigarro para a saúde e até mesmo os fumantes sabem dos riscos que correm com a dependência à nicotina. Já entre ex-fumantes, é unânime quem não perceba a melhora na qualidade de vida depois de abandonar o vício.

Mas se é tão óbvio que parar de fumar só traz benefícios à saúde, por que muita gente não consegue largar o cigarro?

De acordo com Cristiano Guedes Duque, médico oncologista da Oncoclínica, a verdade é que nem sempre é fácil abandonar o cigarro e a decisão, como muitos pensam, não requer apenas força de vontade por parte do fumante.

O especialista listou os mitos e as verdades que envolvem a decisão de parar de fumar. Confira abaixo:

1 – Basta vontade - Mito

De acordo com Duque, a vontade de parar é o mais importante, mas nem todos conseguem interromper esse vício sem ajuda. O hábito de fumar envolve inúmeras situações do dia a dia, que desencadeiam o desejo, além da dependência química da nicotina propriamente dita.

2 – Apoio profissional é importante - Verdade

A interrupção desse comportamento pode ser muito difícil, por isso o apoio de profissionais pode ser de grande ajuda, seja para tirar dúvidas, incentivar, sugerir mudanças na rotina ou mesmo associar medicamentos. É importante lembrar que esse tratamento é oferecido de forma gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS)”.

3 – Substituir por cigarro de palha resolve - Mito

O especialista alerta que todos os derivados do tabaco são nocivos à saúde, não importa a forma de uso ou o tipo, e podem causar vários danos ao organismo, inclusive dependência química e câncer assim como o cigarro tradicional.

4 – Fumar esporadicamente é uma estratégia - Mito

Cristiano Duque não concorda com o fato de que fumar ocasionalmente seja uma vantagem. De acordo com o médico, todos os derivados do tabaco possuem a nicotina, uma substância psicoativa, que induz modificações nos neurotransmissores do cérebro.

“A nicotina causa tolerância no organismo, ou seja, cada vez mais, para ter aquele mesmo efeito que o cigarro pode trazer, é necessária uma dosagem maior do tabaco. Além disso, ao longo de nossa vida, as pessoas estão sujeitas a períodos de dificuldades pessoais e ansiedade, que podem levar à necessidade da recompensa do tabaco”, diz.

5 – Conviver com fumantes não ajuda - Verdade

Se você quer parar de fumar, mas a maioria das pessoas do seu convívio fuma, talvez o processo de abandonar o hábito seja ainda mais complicado. Isso porque, segundo Duque, as pessoas que inalam a fumaça de derivados do tabaco devido ao convívio com fumantes, principalmente em ambientes fechados, podem ser acometidas por praticamente todas as doenças relacionadas ao cigarro.

Vale lembrar que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o fumo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo.

Acompanhe tudo sobre:CigarrosDoençasMédicosSaúde

Mais de Casual

Antonio Forjaz, da Sportingbet, mostra a rotina multiesportiva de um executivo

O Brasil é apaixonado por picapes, e o CEO da Ford América do Sul sabe o motivo

A melhor mesa de restaurante do Rio de Janeiro fica no Copacabana Palace

Por que Santa Catarina concentra metade da produção de barcos de lazer do país?

Mais na Exame