UE oferece mais de 300 milhões de euros em bolsas de pesquisa
As bolsas da União Europeia apoiam pesquisadores de qualquer lugar do mundo e têm foco em oito áreas
Luísa Granato
Publicado em 13 de abril de 2020 às 15h00.
Última atualização em 13 de abril de 2020 às 15h00.
Estão abertas as inscrições para as Individual Fellowships das Marie Skłodowska-Curie Actions. O programa, que aceita candidaturas até 9 de setembro, foi criado pela Comissão Europeia, o órgão executivo do bloco europeu.
As bolsas da União Europeia apoiam pesquisadores de qualquer lugar do mundo, e contam com um orçamento de €328 milhões para o ano de 2020.
O foco da iniciativa são oito grandes áreas de ciência: Ciências Ambientais e Geociências, Ciências Biológicas, Ciências da Informação e Engenharia, Ciências Economicas, Ciências Sociais e Humanidades, Física, Matemática e Química. A única restrição de temas refere-se à pesquisa sobre energia nuclear, contemplada por outros editais na Europa.
Para concorrer às Individual Fellowships das Marie Skłodowska-Curie Actions (MSCA), é necessário se enquadrar na categoria de profissionais experientes. Em outras palavras, pessoas que já possuam um doutorado ou que comprovem ter dedicado, no mínimo, quatro anos à pesquisa acadêmica.
O que a bolsa oferece?
As bolsas da União Europeia incluem não apenas as despesas com os estudos, como também a viagem ao país de pesquisa. De acordo com o guia de candidatura do programa, os pesquisadores receberão um salário bruto de €4.880 por mês, corrigido segundo o país de destino (o que significa que valor final varia), e do qual devem ser deduzidos impostos e outras contribuições.
O dinheiro, que é encaminhado à instituição à qual o pesquisador está ligado (uma universidade no Brasil, por exemplo), também cobre as despesas pessoais e da família do pesquisador. Além da mesada, o pesquisador recebe um valor de €600 por mês para despesas de mobilidade (deslocamento e moradia).
Quando o estudante tem um vínculo por meio do matrimônio, ou uma ligação equivalente, recebe um valor extra de €500 por mês, independentemente do país europeu em que estude. Também há valores complementares para pesquisadores que tenham filhos.
Application e seleção das bolsas da União Europeia
Para se candidatar ao programa, basta encaminhar o currículo acadêmico e uma proposta de pesquisa escrita, com até 10 páginas (sem contar os anexos), de acordo com a universidade desejada durante o intercâmbio. Se você se interessa por um programa disponível em Oxford, por exemplo, deve destacá-lo logo de cara.
Cada proposta será avaliada em uma área de conhecimento. Para as Individual Fellowships, são as oito áreas já citadas: Ciências Ambientais e Geociências, Ciências Biológicas, Ciências da Informação e Engenharia, Ciências Econômicas, Ciências Sociais e Humanidades, Física, Matemática e Química.
O processo, feito online por um portal específico para os participantes, é bastante competitivo e reúne pesquisadores de todas as origens. Como o prazo final é dia 9 de setembro, às 17h no horário local de Bruxelas, onde fica a sede da Comissão Europeia, prepare-se para entregar os documentos até o meio dia, no horário de Brasília.
Confira mais informações no guia de candidatura do programa e faça aqui sua inscrição!
Sobre as Individual Fellowships
Um dos objetivos das MSCA é garantir melhor empregabilidade e aperfeiçoamento profissional. Tanto é que, para quem é contemplado pelo programa, estabelece-se um Plano de Desenvolvimento de Carreira em parceria com um supervisor da universidade.
O objetivo, além de monitorar o progresso do pesquisador, é identificar outras necessidades para seu aperfeiçoamento. Uma das áreas de atuação desse plano seria garantir recursos para a participação em conferências e incentivar a publicação em periódicos científicos.
Ainda que o candidato aponte um país de destino inicialmente, é possível fazer “pausas” durante a fellowship — de três a seis meses — para fazer um estágio ou desenvolver uma parcela da pesquisa em outro lugar. Com a supervisão da Comissão, por exemplo, é possível ir a campo nas Ilhas Malvinas e retornar à universidade europeia depois desse período.
Este artigo foi originalmente publicado pelo Estudar Fora, portal da Fundação Estudar.