SXSW 2024: nem só de tecnologia vive o festival
Com um apelo forte sobre o uso consciente de tecnologia, as soft skills tomam um lugar de destaque no South By SouthWest
Diretora de vendas B2B na Exame Corportae Education
Publicado em 11 de março de 2024 às 16h13.
Última atualização em 4 de julho de 2024 às 15h33.
Sempre que abordamos sobre o SXSW, acabamos por descrevê-lo como um dos maiores festivais de tecnologia e inovação do mundo, mas há muita coisa além de inteligência artificial, experiências de realidade aumentada ou robôs por aqui, e uma dessas temáticas paralelas que têm recebido grande destaque é a necessidade de abordarmos sobre as soft skills.
E caso você esteja se questionando “o que teriam os assuntos a ver um com o outro?” te digo: tudo!
Isso porque uma das grandes apostas de futuristas e cientistas é de que o uso de tecnologias avançadas, por exemplo, as inteligências artificiais, pode potencializar as nossas relações genuinamente humanas (essas completamente insubstituíveis por máquinas), enquanto a tecnologia se apropria das atividades mais operacionais do nosso dia a dia. E se tivermos tempo, poderemos nos dedicar à construir relações mais saudáveis (especialmente no ambiente de trabalho), cuidar melhor de si e dedicar-se ao desenvolvimento de um mundo melhor para as futuras gerações.
Tradução da frase acima: “A tecnologia está aqui para servir as pessoas, se você acredita na tecnologia, então você fará o melhor disto”
Colocando luz nas soft skills
Neste domingo (10/3), eu e Bruno estivemos em diferentes sessões que de uma forma ou de outra acabaram abordando sobre a temática com muita propriedade. Nas sessões people first always: how to put values to the heart of your business ("pessoas primeiro sempre, como colocar os valores no coração do seu negócio") e how teams can skip the drama and embrace healty conflicts ("como os times podem driblar o drama e abraçar os conflitos de forma saudável") e technology, leadership, geopolitics and the future ("tecnologia, liderança, geopolítica e o futuro"), encontramos pautas importantíssimas que precisam estar no centro das discussões sobre o ambiente de trabalho nos próximos anos:
Liderança
Nas sessões people first aways: how to put values to the heart of your business ("pessoas primeiro sempre, como colocar os valores no coração do seu negócio") e technology, leadership, geopolitics and the future ("tecnologia, liderança, geopolítica e o futuro"), o assunto liderança levou lugar de destaque, pois, para ambos, as lideranças são as grandes porta-vozes dos elementos essenciais da cultura de uma empresa.
Ser uma liderança centrada nas pessoas (people driven, em inglês) é o que impulsiona o espírito inovador e incomparável dentro de uma indústria que vai, cada vez mais, ser focada na construção de relações significativas no ambiente de trabalho e no desenvolvimento de produtos que façam sentido para os clientes, uma vez que o uso da tecnologia para fazer o operacional será uma realidade.
Cultura
“As pessoas são o centro da cultura”, foi assim que Ed Sebastian, CEO da Delta Airlines, definiu o impacto da cultura no dia a dia de uma organização. E é por isso que, muito além de ter pilares, valores e propósitos culturais fortes e muito bem escritos em livros ou paredes, precisamos ter demonstrações reais no cotidiano da empresa, para torná-la palpável.
Repensar esses pilares culturais também estão no centro de algumas das discussões que assistimos aqui no festival, afinal, para os palestrantes da sessão people first always: how to put values to the heart of your business ("pessoas primeiro sempre, como colocar os valores no coração do seu negócio"), a cultura é o tecido de uma empresa e é nele que estão os seus valores e onde precisam se concentrar os seus investimentos para construir um ambiente agradável para a realização de um trabalho focado no cliente.
Gestão de Conflitos
Durante a sessão how teams can skip the drama and embrace healty conflicts ("como os times podem driblar o drama e abraçar os conflitos de forma saudável"), a especialista Amy Gallo trouxe a importância das relações saudáveis para o ambiente de trabalho.
Com uma fala potente e vários hacks, Amy definiu empresas que fingem que não existem conflitos como “harmonia artificial”, onde os times alimentam uma fachada de boa convivência, mas que no fundo é cheio de tensões, ressentimentos e opiniões não ditas. E como solucionar esses conflitos? Lidando de frente com eles de forma rápida, transparente, direta e com consciência de quem está do outro lado da história, para assim recuperar o equilíbrio das relações.
Segurança Psicológica
Durante a sessão de Gallo, a especialista em trabalho abordou que, apesar de este ser um tema central no ambiente corporativo há alguns anos, ainda é um ponto onde existe muita falta de entendimento sobre o que é e o que não é e trouxe três pilares que podem ajudar a definir relações psicologicamente seguras:
- Se importar com as pessoas envolvidas na história e entender que estamos todos no mesmo lado
- Ter consciência que você pode contar com aquela pessoa
- Não ter medo de esconder os erros ou de trazer as más notícias
Networking
Por fim, os painelistas trouxeram a importância de conversar com pessoas de outras áreas, setores e indústrias para buscar as melhores soluções para resolver problemas, pensar em inovações, potencializar a criatividade e conectar desafios com foco em aprimorar os serviços entregues para as pessoas.
E por falar em networking, conecte-se comigo e com o Bruno Leonardo aqui na revista EXAME e no Instagram da EXAME Corporate Education para não perder nada do que está rolando aqui no SXSW!