Carreira

Qual a sua probabilidade de conseguir um novo emprego?

Já ouviu falar em índice de empregabilidade? O conceito é antigo, mas com a tecnologia ficou mais fácil de calcular sua chance de subir na carreira

Empregabilidade: “Ter um equilíbrio entre todos os aspectos é fundamental" (bowie15/Thinkstock)

Empregabilidade: “Ter um equilíbrio entre todos os aspectos é fundamental" (bowie15/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2018 às 15h01.

Última atualização em 20 de setembro de 2018 às 15h01.

Você sabe qual é a probabilidade de ser promovido no cargo em que está? E de conseguir um emprego novo? Ou ser desligado da empresa? Essas são as três perguntas que o índice de empregabilidade responde.

Ainda que seja um conceito antigo, seu cálculo é algo que a tecnologia tornou possível para os mais diversos públicos, em diversas plataformas online, por exemplo. Uma delas é a Reachr, a quem seu CEO e fundador, Marcelo Braga atribui a criação desse cálculo.

Essencialmente, o índice de empregabilidade consiste em um indicador que faz uma relação entre as habilidades do profissional, seus concorrentes e as demandas de mercado, explica Braga.

“Mais do que demonstrar a qualificação técnica (curricular) do profissional, o índice trabalha com algoritmos capazes de fazer comparações e mostrar se suas características estão compatíveis com o mercado e como o candidato está em relação aos demais”, detalha ele.

Para o CEO, o cálculo ajuda o candidato a ter ciência sobre suas chances de forma mais real, porque leva em conta pontos diferentes dos costumeiros. Como nível de formação, artigos publicados, etc., aspectos que, sozinhos, não são suficientes para conseguir uma vaga, dependendo dos requisitos dela.

“Ter um equilíbrio entre todos os aspectos é fundamental. Não adianta ter uma única fortaleza e vários pontos que estão abaixo do mercado", diz ele.

Como o índice de empregabilidade não é estático – muda de acordo com a demanda, qualificações dos outros e a própria – o ideal é monitorá-lo mesmo estando empregado. “Pode ser decisivo para se manter nessa condição no futuro”, afirma Braga.

Notar a ausência de uma habilidade crucial para evoluir profissionalmente quando se está em busca de uma oportunidade pode significar demorar para conseguir uma recolocação.

Como é feito o cálculo do índice de empregabilidade

Segundo o CEO da Reachr, o cálculo leva em conta três macro variáveis: O perfil do candidato, o perfil dos demais profissionais do mercado que atuam em áreas similares e variáveis macroeconômicas sobre quantidade de vagas em abertos e quantidade de vagas em aberto na área em que o profissional atua.

Mais especificamente, quando se trata do perfil do candidato, o índice de empregabilidade avalia pontos como:

  • Promoções
  • Estabilidade profissional
  • Nível de remuneração
  • Nível de experiência (total e na função)
  • Idiomas
  • “Quando uma empresa avalia o perfil do candidato, qual o percentual de pessoas que gostam de seu perfil?”
  • “Quando a empresa avalia pessoalmente o candidato, qual o percentual de pessoas que gostam de seu perfil?”

Esses e outros fatores influenciam. No entanto, não se desanime se acha que não está tão bem em algum deles – o indicador serve exatamente para você se preparar para as oportunidades. “O índice de empregabilidade não influencia de forma alguma na recomendação do candidato para uma vaga de trabalho. É algo exclusivo do candidato”, explica Braga. Ainda assim, não deixe de focar no seu desenvolvimento.

Como você pode calcular o seu

Por ser uma equação que envolve informações dinâmicas de mercado, as ferramentas – que em muitos casos são gratuitas para os candidatos – são mais indicadas para apontar resultados mais próximos do real. Alguns sites, principalmente de recrutamento como o Reachr, oferecem essa possibilidade. No entanto, o candidato pode fazer uma análise inspirada no índice sozinho.

Para isso, Braga recomenda refletir sobre todos os fatores envolvidos no quesito “empregabilidade” e perguntar a si mesmo (como se estivesse no lugar do empregador”: “eu poderia me empregar?”. Além disso, sempre buscar analisar aspectos comportamentais, “tanto pelas impressões das empresas que o avaliaram pessoalmente, quanto por inventários que tenha realizado”.

Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar.

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