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Por mais autonomia executivo abandonou grandes empresas

Como Rodrigo Canelhas deixou de lado um bom salário de executivo para abrir a filial brasileira de uma empresa pouco conhecida no país

Rodrigo Canelhas, da Sirona: renúncia ao conforto corporativo (Camila Fontana)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2015 às 08h00.

Questão de carreira

Apesar de estar satisfeito em seu trabalho, o executivo Rodrigo Canelhas, de 40 anos, percebia que havia algo de errado com sua carreira. A inquietação surgiu quando era gerente de vendas da Stryker, fornecedora multinacional de equipamentos médicos. Seus rendimentos eram altos e ele se identificava com a empresa.

Com passagem por companhias como Ambev, Souza Cruz, Telefônica e Danone, Rodrigo resolveu investigar o motivo do desconforto. Procurou um coach e o diagnóstico foi que, para ser feliz, Rodrigo precisava de mais autonomia.  “Eu não tinha perfil de empregado, tinha de empreender ou ser presidente”, diz.

O dilema

Dois meses depois da descoberta, um headhunter entrou em contato com Rodrigo para falar sobre uma vaga na Sirona, empresa alemã que fornece equipamentos odontológicos de alta tecnologia e que pretendia abrir uma operação no Brasil.

A proposta era delicada. Além do salário menor, a companhia não tinha um projeto consolidado para o país. Rodrigo teria de cuidar de toda a implantação da filial e ainda assumir um cargo inédito em sua trajetória, o de gerente-geral. “Tinha tudo para dar errado”, afirma.

A decisão

Embora aceitar o desafio fosse arriscado, Rodrigo sabia que essa seria a solução para sua ansiedade com os rumos de sua carreira. “Logo me vi trabalhando na Sirona e resolvi arriscar”, diz. “Estudei bastante para o processo seletivo e, nas entrevistas, estava tão motivado que eles não tiveram dúvidas em me contratar.”

O começo foi difícil. No primeiro ano de operação, em 2010, ele precisou trabalhar alguns meses sozinho: teve até de abrir uma conta da empresa no banco e convencer o gerente de que não era um golpista. Hoje, quatro anos depois, a Sirona é líder no segmento, obteve um crescimento de 1 000% nesse perío­do e tem 100 funcionários.

Mas o que deixa Rodrigo mais satisfeito é a autonomia para liderar. Ele conseguiu moldar a cultura da filial brasileira de acordo com seus próprios valores — e isso lhe dá satisfação. “Não acredito em trabalho, acredito em missão, e hoje posso dizer que estou feliz com minha carreira”, afirma.

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Questão de carreira

Apesar de estar satisfeito em seu trabalho, o executivo Rodrigo Canelhas, de 40 anos, percebia que havia algo de errado com sua carreira. A inquietação surgiu quando era gerente de vendas da Stryker, fornecedora multinacional de equipamentos médicos. Seus rendimentos eram altos e ele se identificava com a empresa.

Com passagem por companhias como Ambev, Souza Cruz, Telefônica e Danone, Rodrigo resolveu investigar o motivo do desconforto. Procurou um coach e o diagnóstico foi que, para ser feliz, Rodrigo precisava de mais autonomia.  “Eu não tinha perfil de empregado, tinha de empreender ou ser presidente”, diz.

O dilema

Dois meses depois da descoberta, um headhunter entrou em contato com Rodrigo para falar sobre uma vaga na Sirona, empresa alemã que fornece equipamentos odontológicos de alta tecnologia e que pretendia abrir uma operação no Brasil.

A proposta era delicada. Além do salário menor, a companhia não tinha um projeto consolidado para o país. Rodrigo teria de cuidar de toda a implantação da filial e ainda assumir um cargo inédito em sua trajetória, o de gerente-geral. “Tinha tudo para dar errado”, afirma.

A decisão

Embora aceitar o desafio fosse arriscado, Rodrigo sabia que essa seria a solução para sua ansiedade com os rumos de sua carreira. “Logo me vi trabalhando na Sirona e resolvi arriscar”, diz. “Estudei bastante para o processo seletivo e, nas entrevistas, estava tão motivado que eles não tiveram dúvidas em me contratar.”

O começo foi difícil. No primeiro ano de operação, em 2010, ele precisou trabalhar alguns meses sozinho: teve até de abrir uma conta da empresa no banco e convencer o gerente de que não era um golpista. Hoje, quatro anos depois, a Sirona é líder no segmento, obteve um crescimento de 1 000% nesse perío­do e tem 100 funcionários.

Mas o que deixa Rodrigo mais satisfeito é a autonomia para liderar. Ele conseguiu moldar a cultura da filial brasileira de acordo com seus próprios valores — e isso lhe dá satisfação. “Não acredito em trabalho, acredito em missão, e hoje posso dizer que estou feliz com minha carreira”, afirma.

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