- 1. Milhares de oportunidades até o fim da década
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São Paulo – Sim, ainda faltam
engenheiros no Brasil. E a previsão é de que a demanda por este profissional siga em alta até, pelo menos, 2020. A estimativa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) é que sejam criados 660 mil postos de trabalho até o fim desta década. Mercado imobiliário, setor de infraestrutura, de energia e de
petróleo e gás são alguns dos mais promissores, agora, para os engenheiros. A informação parte das cinco consultorias consultadas por Exame.com para este levantamento: Michael Page, Robert Half, Hays, Asap e Talenses. A seguir, confira os 15 cargos em alta para os profissionais da área de
engenharia no Brasil:
- 2. Coordenador/gerente de obras para galpões e shoppings
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Por que está em alta: Fundos e incorporadoras de shopping e galpões logísticos e/ou industriais estão buscando manter um corpo técnico em seus quadros de funcionários para melhor controlar o trabalho de construtoras e gerenciadoras. “O engenheiro é o olho do cliente na obra contratada”, diz Fernando Thompson, gerente da Michael Page em São Paulo. Perfil: profissional com formação em engenharia civil ou arquitetura e experiência em produção e obras de galpões logísticos, indústrias, de shoppings ou de hipermercados. Salário médio: 18 mil reais mensais.
- 3. Engenheiro de orçamentos para mercado imobiliário
3 /15(Paulo Fridman/Bloomberg)
Por que está em alta: “O foco das construtoras agora é no pré-obra”, diz Fernando Thompson, gerente, da Michael Page em São Paulo. Com o mercado menos aquecido, maior inflação e concorrência, o objetivo é racionalizar os custos e projetar gastos. Daí a importância do engenheiro de orçamento para calcular preços e valores fazendo projeção para os próximos anos da obra. “O profissional que era de apoio hoje é estratégico”, diz Thompson. Perfil: formação em engenharia civil ou arquitetura e experiência em orçamento de obras do mercado imobiliário, como verticais residenciais, comerciais, galpões logísticos, shoppings ou hipermercados. Salário médio: 11 mil reais mensais.
- 4. Gerente de projetos/obras para setor de infraestrutura
4 /15(Dado Galdieri/Bloomberg)
Por que está em alta: investimentos no setor de infraestrutura, sobretudo em rodovias e saneamento, mas também em telecomunicações, portos e aeroportos têm puxado a demanda pelo engenheiro que implanta e gere projetos em campo, segundo as consultorias Michael Page e Asap e Robert Half. O crescimento no salário foi de 20% nos últimos dois anos, segundo a Asap. “Esse profissional é fundamental para garantir que os projetos ocorram conforme o cronograma e dentro dos custos esperados”, diz Isis Borge, gerente da divisão de engenharia da Robert Half. Perfil: formação em engenharia e especialização dependendo do setor de atuação. Certificação PMI e/ou PMO, além de experiência prévia em gerenciamento de projetos de instalação e implantação de sistemas e equipamentos são requisitos da posição. Pós-graduação em administração de empresas pode ser necessária. Salário médio: 13 mil reais mensais.
- 5. Engenheiro eletricista
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Por que está em alta: O setor de energia tem recebido altos investimentos graças à demanda de mercado. De olho também para energias renováveis, como a eólica, profissionais desse campo são cada vez mais desejados pelo mercado, segundo as consultorias Hays, Asap e Talenses. Perfil: formação em engenharia elétrica. Pode atuar também na construção de usinas hidrelétricas, termelétricas e nucleares, além de ter espaço em concessionárias de energia. Inglês fluente pode ser um pré-requisito. Salário médio: entre 4 mil reais e 11 mil reais mensais.
- 6. Engenheiro de projetos para setor de energia
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Por que está em alta: investimentos no setor de energia também significam mais demanda para cargos de gestão de projetos, segundo as consultorias Asap, Talenses e Hays. Perfil: formação em engenharia elétrica, experiência prévia em gerência de projetos e boa capacidade de planejamento. Inglês fluente pode ser um requisito, segundo a Hays. Salário médio: de 10 mil reais a 12 mil reais mensais.
- 7. Gerente de operações para o setor de Navegação, Portos e Terminais
7 /15(Tim Rue/Bloomberg)
Por que está em alta: setor de navegação, portos e terminais ainda tem falta de bons engenheiros, segundo a Asap. Perfil: formação em engenharia naval. Solidez técnica é uma das características mais valorizadas neste profissional, segundo a consultoria. Salário médio: A Asap não informa o salário, mas indica que, nos últimos dois anos, houve alta de 20% nos vencimentos praticados neste mercado.
- 8. Engenheiro para departamento de compras
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Por que está em alta: “As empresas estão vendo a área de compras como mais estratégica. Melhorando o valor da negociação de compras, consegue-se aumentar o lucro da empresa sem precisar alterar o valor de venda final”, diz Isis Borge, gerente da Robert Half. O desafio é baixar o custo sem comprometer a qualidade dos serviços/produtos comprados e sem perder qualidade na operação na empresa, segundo a consultoria Asap que também notou mais demanda por este profissional atualmente. Perfil: formação em engenharia e pós-graduação em administração de empresas. Profissional precisa conhecer tecnicamente os itens que estiver comprando, além de demonstrar bons conhecimentos financeiros e de sistemas. Especialização em Strategic Sourcing é diferencial interessante para quem mira o departamento, segundo a Asap. Salário médio: entre 4 mil reais e 13 mil reais para compradores, e entre 9 mil reais e 22 mil reais para gerente de compras.
- 9. Gerente de logística
9 /15(Luísa Melo/Exame.com)
Por que está em alta: a capacidade de lidar com números e a habilidade de análise estruturada dos engenheiros são valorizadas em departamentos de logística. “As empresas têm investido em melhoria da malha logística visando diminuir os custos operacionais”, diz Isis Borge, gerente da Robert Half. Perfil: formação em engenharia, forte base em matemática e estatística e especialização em administração de empresas ou finanças. Certificação AIPCS e inglês fluente são requisitos, segundo a consultoria Robert Half. Salário médio: de 8 mil reais a 25 mil reais mensais.
- 10. Engenheiro de mineração
10 /15(Getty Images)
Por que está em alta: demanda é para trabalhar no estado de Minas Gerais, segundo a consultoria Asap. O foco das empresas tem sido melhoria de processos de produção e utilidades pede engenheiros com conhecimento técnico e de ferramentas para diminuir o tempo ou garantir melhor produtividade. Perfil: formação em engenharia especialização em mineração. Profissionais precisam possuir disponibilidade para morar em locais afastados dos grandes centros e ter habilidades de relacionamento e organização bem desenvolvidas, segundo a Asap. Salário médio: a Asap não informa valor mas informa que, embora a remuneração fixa tenha se mantido estável nos últimos anos, as empresas têm ofertado um variável maior relacionado aos resultados.
- 11. Engenheiro para o setor automotivo
11 /15(Germano Lüders / EXAME)
Por que está em alta: demanda maior no estado de Minas Gerais e Nordeste por conta do crescimento do mercado, e instalação de novas plantas na região. Foco da indústria automobilística é no desenvolvimento de novos produtos e na necessidade de garantia de cumprimento de prazos, especificações técnicas, controle de custos e dos riscos envolvidos. Segundo a Asap demanda também aumentou na busca de profissionais para atuar nas áreas de qualidade e desenvolvimento dos fornecedores. O foco do profissional deve ser a capacidade do processo produtivo avaliando o sistema de gestão de qualidade do parque dos fornecedores. Perfil: formação em engenharia mecânica, elétrica ou de produção. Salário médio: a Asap não informa valor, mas indica que a remuneração aumentou por volta de 10% até 15% nos últimos anos frente ao crescimento do mercado.
- 12. Engenheiro de petróleo e gás
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Por que está em alta: “Setor deve receber em torno de 277 bilhões de dólares de investimento até 2017. Hoje já temos mais de 70 empresas trabalhando no setor, e em torno de 160 bilhões de dólares são apenas para exploração e produção”, diz Roberto Bonito, gerente da Talenses. Perfil: formação em engenharia e especialização na área de petróleo e gás. Oportunidades são para trabalhar na descoberta de poços e jazidas para a exploração, produção e comercialização de petróleo e gás natural em campos de atividades petroleiras, refinarias, plataformas marítimas e petroquímicas e poços de gás natural. Por isso, a disponibilidade para mudanças e viagem é um requisito para a posição. Capacidade de desenvolver projetos e conhecimentos de logística do produto são necessários. Experiência prévia no setor por 5 anos é necessária, segundo a Talenses. Salário médio: entre 4,5 mil reais e 12 mil reais mensais.
- 13. Engenheiro de projetos para indústria farmacêutica e manufatura
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Por que está em alta: Sobretudo a indústria farmacêutica e de manufatura estão mais focadas na estruturação de suas operações com o objetivo de aumentar a produtividade e reduzir o tempo de produção, segundo a consultoria Hays. Perfil: formação em engenharia de produção ou engenharia química. Muitas posições exigem inglês avançado, informa a consultoria. Salário médio: de 10 mil reais a 16 mil reais mensais.
- 14. Engenheiro de processos
14 /15(Germano Lüders/EXAME.com)
Por que está em alta: indústria de energia, de manufatura e farmacêuticas puxam a demanda por este tipo de profissional, segundo a Hays. Novamente, foco é na busca por mais produtividade e eficiência. Perfil: Formação em engenharia é necessária podendo ser em produção ou química na grande maioria. Grande parte das posições são para quem tem nível de inglês avançado, segundo a Hays. Salário médio: entre 10 mil reais e 14 mil reais mensais.
- 15. Agora, veja profissionais em falta em 42 países. Engenheiro está na lista em 40 deles
15 /15(Kacper Pempel/Reuters)