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O quente é Java!

Nunca foi tão fácil ganhar dinheiro com a linguagem Java

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h34.

Há seis anos, quando trabalhava na Sun Microsystems, o desenvolvedor Bruno de Souza ganhou um singelo apelido de seus colegas: Javaman. Na época, Souza era possivelmente a pessoa que mais entendia da recém-nascida linguagem no país e logo se tornou uma referência no assunto. Como havia pouquíssimas figuras no Brasil que ouviam a palavra Java e não pensavam na ilha da Indonésia, o Javaman era praticamente caçado quando algum projeto saía do papel.

Hoje, a situação é outra: Souza continua sendo o Javaman, mas ele não está mais sozinho. Um verdadeiro exército de desenvolvedores se multiplicou nos últimos anos, em busca das excelentes oportunidades de carreira que a linguagem oferece. A opinião dos recrutadores é unânime: nunca foi tão fácil se dar bem aprendendo Java. Segundo a International Data Corp. (IDC), já existem mais de 2 milhões de programadores da linguagem em todo o mundo e a estimativa é que esse número ultrapasse 5 milhões de pessoas em 2004. Não há estatísticas para o mercado brasileiro, mas apenas pelos cursos oficiais da Sun já passaram mais de 10 mil alunos
- 3,5 mil só do ano passado até agora. "A tecnologia Java é aberta, roda em qualquer plataforma e permite a reutilização de códigos. Essas características atraem cada vez mais gente interessada em aprender a linguagem", afirma Kentaro Takahashi, consultor do Centro de Educação da Sun no Brasil. Ele parece ter mesmo razão. Até o MacOS X e algumas distribuições do Linux já trazem o Java embutido. E, de acordo com um estudo da consultoria americana Evans Data, o número de programadores Java irá ultrapassar a quantidade de desenvolvedores em C++, uma das linguagens mais populares do planeta, já no ano que vem.

Mas o que torna o Java uma linguagem atraente para quem quer se dar bem na carreira? Em primeiro lugar, uma profunda carência de profissionais especializados. A tecnologia da Sun está ganhando cada vez mais espaço nas empresas brasileiras, sobretudo no mercado financeiro e no setor de telecomunicações. Itaú, BankBoston, EverSystems, MaxBlue, Telemig Celular e Nextel são algumas das empresas que volta e meia publicam anúncios nos jornais e na web em busca de programadores e arquitetos da linguagem. "Ainda existem muito poucos profissionais de desenvolvimento", diz Arnaldo Pereira Pinto, diretor de sistemas de internet do Itaú. Entre os 100 funcionários da equipe de tecnologia do banco, por exemplo, apenas doze programam em Java. "Por enquanto, a linguagem C é a mais popular em número de aplicações", diz.

Os especialistas na plataforma J2EE (Java 2 Enterprise Edition), que roda nos servidores corporativos, são os mais procurados do mercado atualmente. Logo a seguir, vêm os especialistas nas aplicações de telefonia celular (veja box abaixo). "Existem poucos profissionais que conhecem bem essas tecnologias", diz Souza, hoje à frente de um batalhão de dez desenvolvedores Java de primeira linha que atuam na Summa Technologies, uma das mais importantes consultorias em Java do país. O caminho dos profissionais mais experientes, na verdade, é atuar como consultor. Enquanto um profissional contratado ganha de 3 mil a 10 mil reais por mês, dependendo da experiência, um consultor independente sênior pode ganhar até 16 mil reais por mês.

Para mergulhar no mundo do Java, existem quatro carreiras possíveis: programador (que aprende só os comandos da linguagem), desenvolvedor (que cuida dos projetos), arquiteto (que entende de redes e cuida da segurança dos dados) e o desenvolvedor de componentes para web, que lida com applets e aplicações para internet. Há escolas que oferecem cursos para todas essas formações. No entanto, grande parte dos profissionais é autodidata, pois praticamente todos os truques da linguagem estão disponíveis na internet... de graça!

O Java de bolso
Quem já navegou na minúscula tela de algum celular sabe que
o conteúdo da internet móvel quase nunca compensa o esforço de digitar o endereço
ou a lentidão das conexões.
Mas os dias de penúria estão contados, pelo menos se
os evangelizadores do Java cumprirem o que estão prometendo. A palavrinha mágica é J2ME, sigla de Java 2 Micro Edition, um tipo de Java desenhado especialmente
para pequenos dispositivos. O J2ME permite criar aplicações sofisticadas, que vão de jogos online a programas de uso corporativo. O grande lance
é que essa tecnologia é multiplataforma,
ou seja, roda
em sistemas operacionais de celulares, Windows CE, Pocket PC
ou Palm OS. Os profissionais especializados em J2ME são raros,
e por isso muito procurados. Gigantes como LG, Motorola,
Nokia, Samsung, Compaq e Palm já estão preparando seus equipamentos
para rodar a nova tecnologia e buscando gente no mercado.

Quanto ganham
os experts

Especialidade

Salário médio (R$)

Programador

4 000

Desenvolvedor de componentes web

5 500

Desenvolvedor

6 000

Arquiteto

7 000

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Há seis anos, quando trabalhava na Sun Microsystems, o desenvolvedor Bruno de Souza ganhou um singelo apelido de seus colegas: Javaman. Na época, Souza era possivelmente a pessoa que mais entendia da recém-nascida linguagem no país e logo se tornou uma referência no assunto. Como havia pouquíssimas figuras no Brasil que ouviam a palavra Java e não pensavam na ilha da Indonésia, o Javaman era praticamente caçado quando algum projeto saía do papel.

Hoje, a situação é outra: Souza continua sendo o Javaman, mas ele não está mais sozinho. Um verdadeiro exército de desenvolvedores se multiplicou nos últimos anos, em busca das excelentes oportunidades de carreira que a linguagem oferece. A opinião dos recrutadores é unânime: nunca foi tão fácil se dar bem aprendendo Java. Segundo a International Data Corp. (IDC), já existem mais de 2 milhões de programadores da linguagem em todo o mundo e a estimativa é que esse número ultrapasse 5 milhões de pessoas em 2004. Não há estatísticas para o mercado brasileiro, mas apenas pelos cursos oficiais da Sun já passaram mais de 10 mil alunos
- 3,5 mil só do ano passado até agora. "A tecnologia Java é aberta, roda em qualquer plataforma e permite a reutilização de códigos. Essas características atraem cada vez mais gente interessada em aprender a linguagem", afirma Kentaro Takahashi, consultor do Centro de Educação da Sun no Brasil. Ele parece ter mesmo razão. Até o MacOS X e algumas distribuições do Linux já trazem o Java embutido. E, de acordo com um estudo da consultoria americana Evans Data, o número de programadores Java irá ultrapassar a quantidade de desenvolvedores em C++, uma das linguagens mais populares do planeta, já no ano que vem.

Mas o que torna o Java uma linguagem atraente para quem quer se dar bem na carreira? Em primeiro lugar, uma profunda carência de profissionais especializados. A tecnologia da Sun está ganhando cada vez mais espaço nas empresas brasileiras, sobretudo no mercado financeiro e no setor de telecomunicações. Itaú, BankBoston, EverSystems, MaxBlue, Telemig Celular e Nextel são algumas das empresas que volta e meia publicam anúncios nos jornais e na web em busca de programadores e arquitetos da linguagem. "Ainda existem muito poucos profissionais de desenvolvimento", diz Arnaldo Pereira Pinto, diretor de sistemas de internet do Itaú. Entre os 100 funcionários da equipe de tecnologia do banco, por exemplo, apenas doze programam em Java. "Por enquanto, a linguagem C é a mais popular em número de aplicações", diz.

Os especialistas na plataforma J2EE (Java 2 Enterprise Edition), que roda nos servidores corporativos, são os mais procurados do mercado atualmente. Logo a seguir, vêm os especialistas nas aplicações de telefonia celular (veja box abaixo). "Existem poucos profissionais que conhecem bem essas tecnologias", diz Souza, hoje à frente de um batalhão de dez desenvolvedores Java de primeira linha que atuam na Summa Technologies, uma das mais importantes consultorias em Java do país. O caminho dos profissionais mais experientes, na verdade, é atuar como consultor. Enquanto um profissional contratado ganha de 3 mil a 10 mil reais por mês, dependendo da experiência, um consultor independente sênior pode ganhar até 16 mil reais por mês.

Para mergulhar no mundo do Java, existem quatro carreiras possíveis: programador (que aprende só os comandos da linguagem), desenvolvedor (que cuida dos projetos), arquiteto (que entende de redes e cuida da segurança dos dados) e o desenvolvedor de componentes para web, que lida com applets e aplicações para internet. Há escolas que oferecem cursos para todas essas formações. No entanto, grande parte dos profissionais é autodidata, pois praticamente todos os truques da linguagem estão disponíveis na internet... de graça!

O Java de bolso
Quem já navegou na minúscula tela de algum celular sabe que
o conteúdo da internet móvel quase nunca compensa o esforço de digitar o endereço
ou a lentidão das conexões.
Mas os dias de penúria estão contados, pelo menos se
os evangelizadores do Java cumprirem o que estão prometendo. A palavrinha mágica é J2ME, sigla de Java 2 Micro Edition, um tipo de Java desenhado especialmente
para pequenos dispositivos. O J2ME permite criar aplicações sofisticadas, que vão de jogos online a programas de uso corporativo. O grande lance
é que essa tecnologia é multiplataforma,
ou seja, roda
em sistemas operacionais de celulares, Windows CE, Pocket PC
ou Palm OS. Os profissionais especializados em J2ME são raros,
e por isso muito procurados. Gigantes como LG, Motorola,
Nokia, Samsung, Compaq e Palm já estão preparando seus equipamentos
para rodar a nova tecnologia e buscando gente no mercado.

Quanto ganham
os experts

Especialidade

Salário médio (R$)

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4 000

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