Igualdade de gênero em conselhos corporativos levará 40 anos
As mulheres, que compõem metade da força de trabalho americana, estariam a 40 anos de chegar à igualdade com os homens nos conselhos corporativos, diz relatório
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2016 às 20h36.
As mulheres , que compõem metade da força de trabalho americana, estariam a 40 anos de chegar à igualdade com os homens nos conselhos corporativos nos EUA mesmo que as executivas ocupassem cargos a uma taxa duas vezes maior que a atual, disse a Controladoria Geral dos EUA (GAO, na sigla em inglês) em um novo relatório.
Cerca de 23 por cento das vagas disponíveis no Standard Poor’s 1500 Index foram ocupadas por mulheres em 2014, de acordo com a GAO.
Se esse número aumentasse para cerca de 50 por cento – ou seja, metade das vagas – os conselhos ficariam divididos igualmente entre homens e mulheres por volta de 2055, disse o relatório.
As mulheres ocuparam cerca de 16 por cento das cadeiras do conselho no S&P 1500 em 2014, contra 8 por cento em 1997.
“Há maneiras para que avancemos mais rapidamente”, disse Susan Stautberg, presidente do conselho e CEO da Women Corporate Directors Foundation, que defende uma presença maior de mulheres nos conselhos corporativos.
“Podemos estipular metas, podemos enfocar atividades de tutoria e sucessão. Já não podemos ficar sentados e ir com calma”.
Países europeus, como Suécia e França, impuseram quotas para que mais mulheres cheguem aos conselhos, e o Reino Unido gerou uma mudança com uma campanha não vinculativa do governo e compromissos públicos por parte de presidentes corporativos.
Os EUA não quiseram implementar regulações que visam a acelerar a igualdade de gênero nos conselhos corporativos. Mais de 350 das 1.846 empresas de capital aberto não contam com mulheres na diretoria, e outras 628 têm apenas uma, de acordo com 2020 Women on Boards, um grupo com sede em Boston.
A GAO, que não fez nenhuma recomendação no relatório de 38 páginas, disse que diversos fatores inibem uma mudança mais rápida, como a falta de mulheres em cargos executivos e a baixa rotatividade nos conselhos corporativos. Cerca de 600 cadeiras dos conselhos mudam de mãos a cada ano nas empresas do S&P 1500, ou seja, cerca de 4 por cento do total.
Iniciativa da SEC
O relatório destacou a iniciativa da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) para estudar se uma divulgação melhor da diversidade nos conselhos e nas diretorias poderia ajudar a acelerar o processo.
Fundos que representam cerca de US$ 1,12 trilhão em investimentos, como o California Public Employees Retirement System e o escritório do tesoureiro da Cidade de Nova York, entraram com uma petição à SEC em março para exigir maior divulgação, como informações de gênero, sobre os candidatos ao conselho.
No S&P 500, as mulheres corresponderam a 31 por cento dos novos diretores no ano passado, quando elas assumiram 117 das 376 cadeiras que vagaram, o número mais elevado em um ano, de acordo com a empresa de recrutamento de executivos Spencer Stuart. As mulheres ocuparam 22, ou seja, 4,4 por cento, dos cargos de CEO nesse índice.
As mulheres também estão chegando ao topo mais rapidamente nas empresas familiares, disse Stautberg. As companhias controladas por fundos hegde, private equity e capital de risco continuam com conselhos corporativos muito menos diversificados, acrescentou ela.
“Se nós não fixarmos isso, ficaremos para trás em comparação com as empresas de outros países que estão fazendo isso”, disse Stautberg.
As mulheres , que compõem metade da força de trabalho americana, estariam a 40 anos de chegar à igualdade com os homens nos conselhos corporativos nos EUA mesmo que as executivas ocupassem cargos a uma taxa duas vezes maior que a atual, disse a Controladoria Geral dos EUA (GAO, na sigla em inglês) em um novo relatório.
Cerca de 23 por cento das vagas disponíveis no Standard Poor’s 1500 Index foram ocupadas por mulheres em 2014, de acordo com a GAO.
Se esse número aumentasse para cerca de 50 por cento – ou seja, metade das vagas – os conselhos ficariam divididos igualmente entre homens e mulheres por volta de 2055, disse o relatório.
As mulheres ocuparam cerca de 16 por cento das cadeiras do conselho no S&P 1500 em 2014, contra 8 por cento em 1997.
“Há maneiras para que avancemos mais rapidamente”, disse Susan Stautberg, presidente do conselho e CEO da Women Corporate Directors Foundation, que defende uma presença maior de mulheres nos conselhos corporativos.
“Podemos estipular metas, podemos enfocar atividades de tutoria e sucessão. Já não podemos ficar sentados e ir com calma”.
Países europeus, como Suécia e França, impuseram quotas para que mais mulheres cheguem aos conselhos, e o Reino Unido gerou uma mudança com uma campanha não vinculativa do governo e compromissos públicos por parte de presidentes corporativos.
Os EUA não quiseram implementar regulações que visam a acelerar a igualdade de gênero nos conselhos corporativos. Mais de 350 das 1.846 empresas de capital aberto não contam com mulheres na diretoria, e outras 628 têm apenas uma, de acordo com 2020 Women on Boards, um grupo com sede em Boston.
A GAO, que não fez nenhuma recomendação no relatório de 38 páginas, disse que diversos fatores inibem uma mudança mais rápida, como a falta de mulheres em cargos executivos e a baixa rotatividade nos conselhos corporativos. Cerca de 600 cadeiras dos conselhos mudam de mãos a cada ano nas empresas do S&P 1500, ou seja, cerca de 4 por cento do total.
Iniciativa da SEC
O relatório destacou a iniciativa da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) para estudar se uma divulgação melhor da diversidade nos conselhos e nas diretorias poderia ajudar a acelerar o processo.
Fundos que representam cerca de US$ 1,12 trilhão em investimentos, como o California Public Employees Retirement System e o escritório do tesoureiro da Cidade de Nova York, entraram com uma petição à SEC em março para exigir maior divulgação, como informações de gênero, sobre os candidatos ao conselho.
No S&P 500, as mulheres corresponderam a 31 por cento dos novos diretores no ano passado, quando elas assumiram 117 das 376 cadeiras que vagaram, o número mais elevado em um ano, de acordo com a empresa de recrutamento de executivos Spencer Stuart. As mulheres ocuparam 22, ou seja, 4,4 por cento, dos cargos de CEO nesse índice.
As mulheres também estão chegando ao topo mais rapidamente nas empresas familiares, disse Stautberg. As companhias controladas por fundos hegde, private equity e capital de risco continuam com conselhos corporativos muito menos diversificados, acrescentou ela.
“Se nós não fixarmos isso, ficaremos para trás em comparação com as empresas de outros países que estão fazendo isso”, disse Stautberg.