Carreira

iFood e Descomplica ajudam entregadores a concluírem o Ensino Médio

Parceria com o Descomplica oferece 700 bolsas de estudo para que entregadores do iFood se preparem para a prova do ENCCEJA

iFood (iFood/Divulgação)

iFood (iFood/Divulgação)

O iFood, um dos maiores aplicativos de delivery do Brasil, em parceria com a edtech Descomplica, anuncia a nova rodada de inscrições para o programa "Meu Diploma do Ensino Médio", que visa ajudar entregadores parceiros da plataforma que não concluíram o ensino médio ou fundamental a conseguirem o tão sonhado diploma.

Com exclusividade à EXAME, o iFood informa que essa nova fase do programa vai oferecer 700 bolsas de estudo para preparar esse entregadores para a prova do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA) de 2022.

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As vagas do programa são voltadas para pessoas com mais de 18 anos que não concluíram o Ensino Fundamental e/ou Ensino Médio e destinadas, prioritariamente, a perfis autodeclarados pretos ou pardos, mulheres e também a pessoas que utilizam bicicleta como modal de transporte no aplicativo.

Segundo o iFood, a maioria dos entregadores inscritos no programa até o momento tem entre 21 e 29 anos (44%) e, entre as motivações para a bolsa, destaca-se a vontade de ingressar na faculdade e ter novas possibilidades de atuação profissional.

“Queremos ampliar o acesso dos brasileiros à educação por meio do que chamamos de educação sem distância. A parceria com empresas como o iFood, que impacta diretamente um grande número de pessoas das mais diversas classes sociais, é fundamental para alcançarmos esse objetivo”, conta Roberto Grosmam, COO da Descomplica.

A evasão escolar no período da adolescência é um sério problema educacional no Brasil e, a longo prazo, torna-se uma problemática ainda mais preocupante.

Segundo dados do IBGE, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais que finalizaram a educação básica obrigatória, ou seja, concluíram, no mínimo, o ensino médio, foi de 48,8%, em 2019.

Em outras palavras, metade da população adulta do país ainda não concluiu o ensino médio. E dessa parcela, 33,1% não terminou nem o ensino fundamental.

"Concluir o Ensino Médio traz mais oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional, além de despertar sonhos e recomeços, em especial para pessoas em situação de maior vulnerabilidade e que deixaram a escola”, analisa Sylmara Ramon, gerente de inovação educacional no iFood.

Como se inscrever no programa

Os entregadores parceiros do iFood que gostaram da proposta, podem realizar a inscrição na página oficial do programa na plataforma da Descomplica. As inscrições encerram-se no dia 6 de maio e a aula inaugural ocorre no dia 9 de maio.

Para se inscrever, o candidato deve ter 18 anos ou mais, ser um entregador cadastrado na plataforma do iFood e não possuir o Ensino Fundamental ou Médio completos.

O que é o ENCCEJA?

O ENCCEJA é o exame nacional que permite a obtenção do diploma escolar para a jovens e adultos que não concluíram o Ensino Fundamental ou Ensino Médio na idade adequada.

Realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em colaboração com as secretarias estaduais e municipais de educação, o ENCCEJA é uma segunda oportunidade para que os jovens que abandonaram a escola na adolescência consigam se formar.

Quanto ganha um entregador do iFood em 2022?

Até antes do reajuste de salários, e considerando os descontos e gastos para rodar com a moto, cerca de 80% dos entregadores recebiam mais de R$ 1.300 no mês. Para atingir esse valor é necessário marcar cerca de quatro horas de expediente.

Nessa média, entram também as gorjetas, que são livres de fracionamento com o iFood. O pagamento é feito na conta informada durante o envio de documentos.

Em março deste ano, porém, a plataforma aumentou o valor mínimo da rota dos entregadores junto do ganho sobre quilometragem rodada em entregas. A partir de 2 de abril, os valores mínimos de rota de entrega subiram de R$ 5,31 para R$ 6.

Já a taxa sobre quilômetro rodado aumentou em 50%, subindo de R$ 1 para R$ 1,50. Assim, o entregador que percorrer em serviço 10km, por exemplo, ganha pelo menos R$ 15 — antes, faturava R$ 10.

Segundo a empresa, um entregador que cumprir uma carga horária de trabalho de 169 horas por mês — uma média de aproximadamente oito horas por dia considerando cinco dias úteis — passa a faturar R$ 3.020 brutos mensais.

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