Como o coletivismo pode ajudar na carreira
O desejo de se reunir e fazer juntos, tão presente na sociedade, muda a expectativa que temos de nossa experiência de trabalhar
Da Redação
Publicado em 6 de abril de 2015 às 18h33.
Vivemos um tempo em que as pessoas aprenderam a usar a força do coletivismo. O desejo de se encontrar cresce a cada dia. Acordei para escrever este texto numa manhã sob o som das serras elétricas que desde cedo começaram a cortar árvores de um terreno no qual antes funcionava uma casa de shows na rua onde moro.
Logo uma moradora saiu à rua em defesa das árvores. Em pouco tempo havia uma dezena de pessoas, que logo se transformaram em mais de 200. O corte foi interrompido e, depois de uma negociação, a prefeitura suspendeu a derrubada das árvores.
O saldo foi positivo: além de preservar o verde, os vizinhos pararam para conversar e se conhecer. O senso de comunidade saiu fortalecido. O pensamento coletivo nos deu um novo sentido de pertencer.
Essa valorização da coletividade está mudando a expectativa que temos de nossa experiência de trabalhar. Inteligência emocional, altruísmo, liderança e motivação são valores de um novo tipo de vida profissional que se preocupa com o lucro mas também com o propósito e com os efeitos do negócio no mundo.
Exemplo disso é o Hereeast, espaço londrino que aproveita a infraestrutura de telecomunicações do centro de imprensa usado na Olimpíada de 2012 e foi transformado num superespaço aberto de 100 000 metros quadrados destinado a startups inovadoras, à criatividade e à conexão.
Conheço iniciativas brasileiras assim, como o Cajuína Valley, inventado pela comunidade de inovadores digitais de Teresina, o Social Good Brasil, de Florianópolis, e o Guerreiro Sem Armas, de Santos.
O hábito do compartilhamento pode nos ajudar na carreira? Lógico. Participar de inovação social faz de nós profissionais abertos à mudança, que não perdem tempo reclamando de si mesmos ou da perda de oportunidades.
Como disse Kriss Deiglmeier, professor de Stanford, a inovação social nasce “por iniciativa de indivíduos, de grandes corporações ou organizações da sociedade e leva a um mundo mais sustentável e próspero”. Eu tenho a sensação de viver no último capítulo de uma era de obscurantismo feudal e de estar assistindo a um novo renascimento no século 21, com a geração dos fazedores e dos coletivos de mudança.
Por ora, pode faltar água, energia, segurança e ética — grandes problemas globais —, mas não vão faltar inovadores sociais para levar o mundo a outro patamar.
Vivemos um tempo em que as pessoas aprenderam a usar a força do coletivismo. O desejo de se encontrar cresce a cada dia. Acordei para escrever este texto numa manhã sob o som das serras elétricas que desde cedo começaram a cortar árvores de um terreno no qual antes funcionava uma casa de shows na rua onde moro.
Logo uma moradora saiu à rua em defesa das árvores. Em pouco tempo havia uma dezena de pessoas, que logo se transformaram em mais de 200. O corte foi interrompido e, depois de uma negociação, a prefeitura suspendeu a derrubada das árvores.
O saldo foi positivo: além de preservar o verde, os vizinhos pararam para conversar e se conhecer. O senso de comunidade saiu fortalecido. O pensamento coletivo nos deu um novo sentido de pertencer.
Essa valorização da coletividade está mudando a expectativa que temos de nossa experiência de trabalhar. Inteligência emocional, altruísmo, liderança e motivação são valores de um novo tipo de vida profissional que se preocupa com o lucro mas também com o propósito e com os efeitos do negócio no mundo.
Exemplo disso é o Hereeast, espaço londrino que aproveita a infraestrutura de telecomunicações do centro de imprensa usado na Olimpíada de 2012 e foi transformado num superespaço aberto de 100 000 metros quadrados destinado a startups inovadoras, à criatividade e à conexão.
Conheço iniciativas brasileiras assim, como o Cajuína Valley, inventado pela comunidade de inovadores digitais de Teresina, o Social Good Brasil, de Florianópolis, e o Guerreiro Sem Armas, de Santos.
O hábito do compartilhamento pode nos ajudar na carreira? Lógico. Participar de inovação social faz de nós profissionais abertos à mudança, que não perdem tempo reclamando de si mesmos ou da perda de oportunidades.
Como disse Kriss Deiglmeier, professor de Stanford, a inovação social nasce “por iniciativa de indivíduos, de grandes corporações ou organizações da sociedade e leva a um mundo mais sustentável e próspero”. Eu tenho a sensação de viver no último capítulo de uma era de obscurantismo feudal e de estar assistindo a um novo renascimento no século 21, com a geração dos fazedores e dos coletivos de mudança.
Por ora, pode faltar água, energia, segurança e ética — grandes problemas globais —, mas não vão faltar inovadores sociais para levar o mundo a outro patamar.