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Pequenas indústrias batem média histórica de desempenho em 2021

Dificuldade para acessar crédito e a falta ou alto custo de matéria-prima seguem prejudicando as MPEs

É o segundo ano consecutivo que o índice pode ser considerado positivo no quarto trimestre (Nathan Laine/Bloomberg/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 2 de fevereiro de 2022 às 14h02.

As pequenas empresas ganharam fôlego no último trimestre de 2021, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Panorama da Pequena Indústria mostra que o Índice de Desempenho apresentou uma desaceleração mais branda e ficou em 47,7 pontos, acima da média histórica (43,4 pontos). O resultado do quatro trimestre de 2021 é positivo quando comparado com o mesmo período de anos anteriores.

É o segundo ano consecutivo que o índice pode ser considerado positivo no quarto trimestre, pois em 2020 o quarto trimestre registrou excepcionalmente 49,4 pontos, devido a recuperação da indústria pós pandemia.

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“É esperado uma queda na transição do terceiro para o quarto trimestre. Nos últimos dois anos, essa desaceleração foi mais suave, o que significa que mantiveram suas atividades de produção em ritmo”, afirma o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

O indicador varia de zero a cem pontos e quanto maior ele for, melhor é a performance do setor.

Apesar do bom desempenho, o Índice de Situação Financeira registrou 42 pontos e marcou uma queda de 1,1 ponto, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Ainda assim, o índice permanece acima da média histórica de 37,7 pontos.

“Independentemente do segmento industrial, seja extrativa, de transformação ou de construção, no quarto trimestre de 2021, o pequeno empresário relatou estar com mais dificuldade que o normal para acessar crédito”, diz Azevedo.

A falta ou alto custo da matéria-prima e a elevada carga tributária foram os principais problemas enfrentados pelas pequenas indústrias no quarto trimestre de 2021. Nesse período, permaneceu no topo do ranking de principais problemas enfrentados pelas pequenas empresas dos setores extrativo, de transformação e de construção.

Porém, apesar do problema continuar em primeiro lugar, no quarto trimestre de 2021 houve redução nas assinalações dos três setores na comparação com o trimestre anterior, sobretudo na Indústria da Construção (queda de 11,2 pontos percentuais).

Já o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) para as pequenas indústrias alcançou 55,9 pontos em janeiro de 2022. Houve uma queda de 1,8 ponto na comparação com dezembro de 2021. O resultado representa uma reversão do avanço da confiança que havia sido registrada na passagem de novembro para dezembro de 2021.

Apesar da queda em 2022, o ICEI para a pequena indústria permaneceu acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança. O indicador também está acima da média histórica de 52,8 pontos. Portanto, o empresário segue otimista, mas com menos confiança que em dezembro.

As perspectivas para pequena indústria continuam favoráveis, de acordo com o Índice de Perspectivas: aumentou de 50,2 pontos, em dezembro de 2021, para 50,9 pontos, em janeiro de 2022. O resultado está bem acima de sua média histórica (46,4 pontos).

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