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Para FGV, fiscalização do agronegócio foi fundamental durante pandemia

Estudo inédito mostra que trabalho dos auditores fiscais agropecuários garantiu 8,65% das exportações evitando prejuízos para o negócio

Categoria fica na linha de frente, mantendo em funcionamento serviços essenciais à população (Divulgação/EXAME/Divulgação)
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Bússola

Publicado em 14 de julho de 2021 às 18h14.

No ano de 2020, o impacto direto e indireto das atividades dos auditores fiscais federais agropecuários (affas) tiveram reflexo positivo para a economia do país e para a sociedade em geral. Somente nas exportações do agronegócio a atuação desses profissionais contribuiu com R$ 44,9 bilhões, ou seja, garantiu o correspondente a 8,65% das exportações do agro, na pandemia.

Os dados são do “Estudo sobre os impactos da atuação dos auditores fiscais federais agropecuários sobre a produção agropecuária brasileira”, realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Além desses números, no período também foram avaliados resultados do desempenho no primeiro ano de pandemia, quando os affas estiveram na linha de frente, mantendo em funcionamento serviços essenciais à população, garantindo o abastecimento e a segurança do alimento consumido no país e no mundo.

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O estudo está dividido em três partes: o escopo de atuação dos auditores no âmbito do agronegócio; a análise qualitativa da importância das atividades-chave, desempenhadas pelos affas ao longo de toda cadeia de produção agropecuária, assim como a ação direta e indireta dos auditores na pandemia; e a análise quantitativa dos impactos socioeconômicos da atuação dos affas no resultado da produção e da exportação agropecuária, geração de emprego, renda, salário e tributos.

Sobre os resultados desse trabalho na pandemia, a pesquisa da FGV registra ainda que entre janeiro e novembro de 2020, a demanda por Certificados Sanitários Internacionais (CSI), para fins de exportação de produtos de origem animal do Brasil foi de 390.909, representando um crescimento de 17,3% frente ao mesmo período de 2019.

Nesse mesmo período foram abertos 24 novos mercados para produtos de origem animal. Houve também a reabertura do mercado dos Estados Unidos para a carne bovina brasileira in natura, que estava suspensa desde julho de 2017, quando ocorreram problemas relacionados à aplicação da vacina contra febre aftosa. "Todos esses números são muito importantes, porque reforçam a relevância, o comprometimento e o potencial de trabalho dos affas", ressalta Janus Pablo de Macedo, presidente do Anffa Sindical.

Segundo o estudo da FGV, entre julho e setembro de 2020, a Unidade de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) interceptou e impediu a comercialização de mais de 140 toneladas de uvas passas contaminadas que tinham como destino a região metropolitana de São Paulo.

O estudo também avalia riscos de perdas para o agronegócio, caso esses profissionais tivessem paralisado as atividades na pandemia. Nesse cenário, as perdas em termos de exportação para a agricultura chegariam a R$ 25,7 bilhões. Foram, também, estimados cenários de perdas para o agronegócio, caso doenças e pragas atingissem a produção agrícola sem a interferência dos affas. De acordo com a FGV, um surto de febre aftosa no Brasil acarretaria perdas diretas e indiretas de R$ 9,6 bilhões, com perdas de 32.272 postos de trabalho.

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