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Vélez diz que não vai entregar cargo após notícias sobre demissão

Mais cedo, Bolsonaro afirmou em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto que o ministro "não está dando certo" no comando da pasta

Ricardo Vélez: Bolsonaro disse que deve tomar uma decisão sobre o MEC na segunda-feira, 8 (Marcello Casal jr/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 5 de abril de 2019 às 10h44.

Última atualização em 5 de abril de 2019 às 11h32.

Campos do Jordão — O ministro da Educação, Ricardo Vélez , disse nesta sexta-feira que não vai entregar o cargo e que não conversou com o presidente Jair Bolsonaro sobre o assunto, após o presidente ter sinalizado possível demissão do auxiliar.

"Não vou entregar o cargo", disse Vélez a repórteres durante participação em evento com empresários promovido pelo Lide em Campos do Jordão (SP).

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Em café da manhã com jornalistas, o presidente Jair Bolsonaro disse que deve tomar uma decisão sobre o Ministério da Educação (MEC) na segunda-feira, 8. "Na segunda, vamos resolver a situação do MEC", disse. "Está bem claro que não está dando certo, falta gestão. Vamos tirar a aliança da mão esquerda e pôr na direita", afirmou o presidente.

As declarações indicam que o ministro Ricardo Vélez Rodríguez pode ser demitido. O ministro enfrenta sucessivas crises desde o início do governo e viu um aumento do desgaste nas últimas semanas com uma série de demissões.

"Insustentável por quê? A única coisa insustentável é a morte", declarou Vélez ao falar sobre a sua situação no posto de comando do MEC. A respostas veio diante da insistência de jornalistas após o presidente Jair Bolsonaro indicar que demitirá o ministro na próxima segunda-feira, 8.

"Pergunta a quem de direito, a quem falou isso", respondeu Vélez sobre sua possível demissão.

Apoio

Vélez pediu apoio de empresários e os convocou para "dialogar" com ele e sua equipe no órgão. As declarações de Vélez Rodríguez foram feitas no 18º Fórum Empresarial Lide, realizado em Campos do Jordão (SP). Ele participa de mesa com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP).

Na sua fala introdutória, Vélez culpou gestões anteriores pela situação da Educação no Brasil e disse que "há muito sendo construindo no âmbito burocrático e administrativo atualmente".

Ao falar sobre o ensino básico, Vélez disse que "algo já deveria ter deveria ter sido feito e o quadro é resultado de anos de descaso".

Vélez citou ainda as experiências dos Estados do Pará, Pernambuco, Rondônia e Maranhão na melhoria da qualidade do ensino básico.

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