Temer teria usado imóveis da família para lavar propina, diz jornal
Segundo a Folha, investigação da PF aponta suspeitas sobre propriedades de familiares do presidente
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2018 às 09h26.
Última atualização em 27 de abril de 2018 às 10h50.
São Paulo - O presidente Michel Temer pode ter usado imóveis que estão em nome de membros de sua família para lavar dinheiro de propina, segundo investigações preliminares da Polícia Federal divulgadas pela Folha de S.Paulo.
A esposa Marcela Temer e o filho do casal são donos de alguns dos imóveis que estão na mira da PF. A suspeita é que ele tenha lavado o dinheiro no pagamento de reformas nas casas e dissimulado transações imobiliárias em nomes de terceiros, para ocultar bens.
Ainda segundo a Folha, a investigação mostra que o presidente pode ter recebido ao menos 2 milhões de reais em propina, por meio do coronel João Baptista Lima Filho, em 2014.
Naquele ano, foram feitas duas reformas com valores semelhantes em propriedades da filha de Temer, Maristela, e da sogra, Norma Tedeschi.
A suspeita é que a propina tenha vindo da JBS, grupo controlado pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, e de uma empresa contratada pela Engevix.
Ao jornal, a defesa de Temer afirmou que "valores transacionados a partir de doações, aquisições de imóveis ou investimentos, são absolutamente compatíveis com seus rendimentos declarados à Receita Federal" e que "os tributos e taxas sempre foram devidamente recolhidos ao erário".
Resposta
O presidente Michel Temer fez um pronunciamento nesta manhã, negando o conteúdo da reportagem da Folha e chamando as denúncias de "mentiras" contra a sua "honra":