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Temer defende operações de segurança permanentes nas fronteiras

o presidente sugeriu novamente a instituição de um "plano estratégico" para reduzir a criminalidade nas fronteiras

Temer: durante a abertura de encontro, o presidente assinou um decreto que institui o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras
AB

Agência Brasil

Publicado em 16 de novembro de 2016 às 17h35.

O presidente Michel Temer defendeu que as operações policiais de combate aos crimes cometidos nas fronteiras com o Brasil sejam permanentes.

Ao discursar para representantes de cinco países que dividem territórios com o Brasil, o presidente sugeriu novamente a instituição de um "plano estratégico" para reduzir a criminalidade nos locais onde traficantes e contrabandistas aproveitam-se da "porosidade" das fronteiras brasileiras.

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Chanceleres e ministros da Argentina, Bolívia, do Chile, Paraguai e Uruguai estão reunidos em Brasília para discutir a segurança e o combate aos crimes transfronteiriços, como o narcotráfico, o contrabando e o tráfico de armas e de pessoas.

Durante a abertura do encontro, o presidente assinou um decreto que institui o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras e sugeriu que o texto seja levado pelas autoridades sul-americanas como "primeira providência concreta" das discussões.

Temer destacou a "gravidade" da questão e afirmou que os criminosos não conhecem limites. Segundo ele, as ameaças à segurança pública têm se tornado complexas de modo a desenvolver uma espécie de "globalização" dos crimes transnacionais.

"Um dos maiores dramas do tempo presente toma contornos de violência intolerável, invade todas as nossas cidades, do Brasil e de outros países e adquire traços desesperadores no rosto de todos os cidadãos de nossos países", disse, citando problemas como a dependência química e o tráfico de pessoas.

Ao citar as iniciativas desenvolvidas nos últimos anos pelo governo brasileiro em operações policiais de combate ao tráfico de drogas e transporte de armas, Temer alertou que esse tipo de ação deveria ser desenvolvido de modo permanente.

"Um pouco diferente daquele plano das fronteiras que eram episódicos e, no momento que se noticiava a ação, é claro que o crime se recolhia. Talvez a solução, e esta é uma proposta que deixo aos senhores para debate, seja encontrar meios e modo de que essas operações sejam permanentes, na medida em que saibam que essa não é uma operação transitória. Por isso, nós temos que seguir e lançar todas nossas energias contra os crimes transnacionais", defendeu Temer.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o encontro que ocorre no Palácio Itamaraty tem formato "inédito" e tem como objetivo integrar os órgãos pela segurança pública dos diferentes países.

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