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Sucesso nos aeroportos. E agora?

O governo leiloou os aeroportos de Porto Alegre, Salvador, Florianópolis e Fortaleza com um ágio que nem os mais otimistas imaginavam. Com o leilão, o governo arrecadará 1,46 bilhão de reais na assinatura dos contratos, um ágio de 93,75%. Considerando o valor total da outorga, que será paga ao longo de até 30 anos (3,7 […]

AEROPORTO: com o leilão, o governo arrecadará 1,46 bilhão de reais na assinatura dos contratos, um ágio de 93,75% / Germano Lüders
DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2017 às 18h56.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h12.

O governo leiloou os aeroportos de Porto Alegre, Salvador, Florianópolis e Fortaleza com um ágio que nem os mais otimistas imaginavam. Com o leilão, o governo arrecadará 1,46 bilhão de reais na assinatura dos contratos, um ágio de 93,75%. Considerando o valor total da outorga, que será paga ao longo de até 30 anos (3,7 bilhões), o ágio é de quase 25%. O consórcio da alemã Fraport levou os aeroportos de Fortaleza e Porto Alegre, a francesa Vinci ficou com Salvador, e a suíça Zurich, com Florianópolis.

“Sucesso o leilão dos aeroportos de Fortaleza, Porto Alegre, Salvador e Florianópolis. Reconquistamos credibilidade no cenário internacional”, escreveu o presidente Michel Temer por meio de sua conta no Twitter.

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O resultado deve de fato acelerar os planos para o restante das obras do Projeto Crescer, do Governo Federal. A lista ainda inclui 85 projetos, entre portos, aeroportos, rodovias, companhias de saneamento, ferrovias e linhas de transmissão e distribuição de energia. “O sucesso dos aeroportos com certeza vai acelerar as outras concessões planejadas pelo governo. Mas cada setor tem suas particularidades, alguns ainda têm problemas para resolver, o que pode levar algum tempo”, diz Claudio Frishtack, presidente da consultoria Inter.B.

Entre os projetos de rodovias está o leilão de um trecho da BR-101, em Santa Catarina, previsto para 2018, e três trechos que vão passar por relicitação a partir de 2021: BR-116, entre Rio e São Paulo (Nova Dutra); BR-116, no Rio de Janeiro (CRT); e BR-040, entre Rio e Minas Gerais (Concer). No setor de saneamento, as 14 empresas na lista para serem leiloadas ainda precisam da aprovação da assembleia legislativa de seus respectivos estados.

Com relação a leilões de novos aeroportos, o governo tem uma missão mais importante pela frente: definir o papel da Infraero. O leilão desta semana agrava a situação da companhia, já que os aeroportos leiloados são responsáveis por mais de 20% da receita da estatal e ajudavam a cobrir os custos com os deficitários. Agora, a Infraero passa a ter 55 aeroportos, 67% deles deficitários. O prejuízo da companhia foi de 767 milhões de reais no último ano. Os aeroportos foram um sucesso, mas os desafios continuam.

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