STF aceita pedido da defesa e proíbe prisão de Lula até 4 de abril
O pedido de habeas corpus para evitar a prisão de Lula só será debatido pelo plenário do STF em 4 de abril; até lá, ordem de prisão não pode ser executada
Luiza Calegari
Publicado em 22 de março de 2018 às 19h13.
Última atualização em 23 de março de 2018 às 13h19.
São Paulo – A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal ( STF ) votou por aceitar um pedido liminar feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que seja impedida a prisão imediata no caso da confirmação da sentença condenatória na segunda instância.
A sessão foi encerrada antes que os ministros passassem a debater o pedido de habeas corpus propriamente disso. Por esse motivo, o advogado José Roberto Batochio, pediu que fosse concedida uma liminar impedindo a prisão de Lula até que o mérito seja avaliado pelo plenário do STF, o que deve acontecer só em 4 de abril.
O pedido foi justificado porque o Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4) deve julgar os últimos recursos da defesa de Lula na próxima segunda-feira (26), antes, portanto, do julgamento do pedido de habeas corpus no STF.
Votaram a favor da liminar Rosa Weber, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello.
Votaram contra a concessão da liminar os ministros Edson Fachin, José Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Luiz Fux e a presidente Cármen Lúcia.
TRF4
Na próxima segunda-feira (26), o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, deve julgar os chamados embargos de declaração, recursos que pretendem esclarecer omissões, obscuridades ou contradições no acórdão, a sentença que aumentou a pena do ex-presidente Lula para 12 anos e um mês de prisão.
Os embargos serão julgados pela 8ª turma do tribunal, composta pelos desembargadores Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Laus.
Ao aumentar a pena de Lula, inicialmente estabelecida pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13º Vara Federal em Curitiba, em nove anos, os desembargadores tomaram a decisão por unanimidade.
Se os embargos forem rejeitados na sessão da próxima segunda-feira, o processo será enviado de volta para Moro, que será responsável pela emissão do mandado de prisão. Se forem aceitos, caberá mais recursos e a pena não poderá ser executada.
A sessão do tribunal está marcada para as 13h, na sede do TRF 4, na capital gaúcha.
(com Agência Brasil)