Exame Logo

SP propõe ampliar rodízio em 371 km

Restrição passaria a valer em grandes avenidas, como Brás Leme, Radial Leste, Aricanduva, Professor Francisco Morato e Inajar de Souza

Trânsito: o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, afirmou que a ampliação do rodízio pode começar a vigorar "em março ou abril" (Marcelo Camargo/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 16h01.

São Paulo - Um estudo divulgado nesta quinta-feira, 9, pela Companhia de Engenharia de Tráfego ( CET ) de São Paulo propõe aumentar o rodízio municipal de veículos para mais 400 vias - ou 371 quilômetros lineares - da capital paulista, incluindo áreas periféricas.

A restrição passaria a valer em grandes avenidas, como Brás Leme, Radial Leste, Aricanduva, Professor Francisco Morato e Inajar de Souza.

São eixos que estão fora dos 150 km² do centro expandido, área onde o rodízio vigora desde 1997. O secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, afirmou que a medida pode começar a vigorar "em março ou abril".

A proposta, no entanto, ainda será levada na quarta-feira, 15, ao Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) "para ser discutida com a sociedade e especialistas", de acordo com a CET, que poderão fazer recomendações ao projeto. O CMTT é presidido por Tatto.

Originalmente, num estudo apresentado em maio, a companhia planejava ampliar o rodízio para mais 240 km lineares de vias, em vez de 371 km. A diferença em relação ao novo patamar se explica pela inclusão de toda a extensão das novas vias - e não apenas uma parte, como havia sido previsto, anteriormente, no projeto, refeito a pedido do prefeito Fernando Haddad (PT).

Desta forma, grandes eixos que rumam até pontos mais periféricos da capital, como a Radial Leste, serão contemplados na totalidade. A restrição abrangerá, principalmente, as chamadas vias arteriais, que, "no geral, possibilitam macrodeslocamentos ao fazer ligações entre bairros", segundo a Secretaria Municipal dos Transportes (SMT). Dos 371 km propostos, 98% devem ser adotados nela. Os demais 2% estarão em logradouros com outras classificações.

"O prazo de implantação é longo, não podemos implantar de uma hora para outra. Vamos ter de definir uma data para o motorista já ficar sabendo o dia em que começa e os locais", disse o secretário municipal de Transportes.

"Por exemplo, se começa o rodízio dia 2 de abril (a data é hipotética, afirmou), o motorista já pode se comportar desta maneira, mesmo não tendo a fiscalização porque você não precisa partir do princípio de que tem de ter fiscalização para ele deixar o carro em casa."


Para que a ampliação do rodízio de veículos possa começar a valer, Haddad precisa publicar um decreto no Diário Oficial da Cidade. A mudança de comportamento esperada com a ampliação do rodízio, conforme Tatto, é que os motoristas só usem o carro "em extrema necessidade". O objetivo é que mais passageiros usem o transporte público para se locomover pelo município e também que, se possível, evitem sair nos horários de pico.

Fiscalização

O secretário municipal disse que não há prazo para o início da fiscalização, mas declarou que "tudo indica que no primeiro semestre" comece a ser realizada a aplicação de multas nas novas vias com a restrição. Um processo licitatório para a instalação de mais de 800 radares está em andamento. São esses os equipamentos que farão a fiscalização nos pontos mais periféricos de São Paulo, onde a presença de aparelhos atualmente é escassa.

De acordo com o diretor de Planejamento da CET, Tadeu Leite Duarte, os veículos que só precisam cruzar as avenidas que receberão o rodízio não serão multados. "O motorista pode fazer um pequeno percurso por um trecho da via com rodízio, sem atrapalhar. Se ele passou por um equipamento (radar) que mostrou que ele entrou ali, mas não passou pelo radar seguinte, tudo bem, ele só cruzou a avenida."

Além dos radares, a CET precisará instalar placas e alterar a sinalização do solo das vias para indicar para os motoristas onde começa e onde termina o rodízio nas 400 vias que devem passar a contar com a restrição.

Para isso, foi criado até mesmo um símbolo, representado pela letra R, indicando no asfalto os pontos exatos de começo e fim da restrição nas vias.

De acordo com o gerente de Planejamento, Logística e Estudos de Tráfego da CET, Vicente Petrocelli, o símbolo foi inspirado na letra C do programa "Congestion Charge" (Pedágio Urbano) existente em Londres.

Veja também

São Paulo - Um estudo divulgado nesta quinta-feira, 9, pela Companhia de Engenharia de Tráfego ( CET ) de São Paulo propõe aumentar o rodízio municipal de veículos para mais 400 vias - ou 371 quilômetros lineares - da capital paulista, incluindo áreas periféricas.

A restrição passaria a valer em grandes avenidas, como Brás Leme, Radial Leste, Aricanduva, Professor Francisco Morato e Inajar de Souza.

São eixos que estão fora dos 150 km² do centro expandido, área onde o rodízio vigora desde 1997. O secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, afirmou que a medida pode começar a vigorar "em março ou abril".

A proposta, no entanto, ainda será levada na quarta-feira, 15, ao Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) "para ser discutida com a sociedade e especialistas", de acordo com a CET, que poderão fazer recomendações ao projeto. O CMTT é presidido por Tatto.

Originalmente, num estudo apresentado em maio, a companhia planejava ampliar o rodízio para mais 240 km lineares de vias, em vez de 371 km. A diferença em relação ao novo patamar se explica pela inclusão de toda a extensão das novas vias - e não apenas uma parte, como havia sido previsto, anteriormente, no projeto, refeito a pedido do prefeito Fernando Haddad (PT).

Desta forma, grandes eixos que rumam até pontos mais periféricos da capital, como a Radial Leste, serão contemplados na totalidade. A restrição abrangerá, principalmente, as chamadas vias arteriais, que, "no geral, possibilitam macrodeslocamentos ao fazer ligações entre bairros", segundo a Secretaria Municipal dos Transportes (SMT). Dos 371 km propostos, 98% devem ser adotados nela. Os demais 2% estarão em logradouros com outras classificações.

"O prazo de implantação é longo, não podemos implantar de uma hora para outra. Vamos ter de definir uma data para o motorista já ficar sabendo o dia em que começa e os locais", disse o secretário municipal de Transportes.

"Por exemplo, se começa o rodízio dia 2 de abril (a data é hipotética, afirmou), o motorista já pode se comportar desta maneira, mesmo não tendo a fiscalização porque você não precisa partir do princípio de que tem de ter fiscalização para ele deixar o carro em casa."


Para que a ampliação do rodízio de veículos possa começar a valer, Haddad precisa publicar um decreto no Diário Oficial da Cidade. A mudança de comportamento esperada com a ampliação do rodízio, conforme Tatto, é que os motoristas só usem o carro "em extrema necessidade". O objetivo é que mais passageiros usem o transporte público para se locomover pelo município e também que, se possível, evitem sair nos horários de pico.

Fiscalização

O secretário municipal disse que não há prazo para o início da fiscalização, mas declarou que "tudo indica que no primeiro semestre" comece a ser realizada a aplicação de multas nas novas vias com a restrição. Um processo licitatório para a instalação de mais de 800 radares está em andamento. São esses os equipamentos que farão a fiscalização nos pontos mais periféricos de São Paulo, onde a presença de aparelhos atualmente é escassa.

De acordo com o diretor de Planejamento da CET, Tadeu Leite Duarte, os veículos que só precisam cruzar as avenidas que receberão o rodízio não serão multados. "O motorista pode fazer um pequeno percurso por um trecho da via com rodízio, sem atrapalhar. Se ele passou por um equipamento (radar) que mostrou que ele entrou ali, mas não passou pelo radar seguinte, tudo bem, ele só cruzou a avenida."

Além dos radares, a CET precisará instalar placas e alterar a sinalização do solo das vias para indicar para os motoristas onde começa e onde termina o rodízio nas 400 vias que devem passar a contar com a restrição.

Para isso, foi criado até mesmo um símbolo, representado pela letra R, indicando no asfalto os pontos exatos de começo e fim da restrição nas vias.

De acordo com o gerente de Planejamento, Logística e Estudos de Tráfego da CET, Vicente Petrocelli, o símbolo foi inspirado na letra C do programa "Congestion Charge" (Pedágio Urbano) existente em Londres.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaCarrosCETcidades-brasileirasEmpresasEmpresas estataisEstatais brasileirasInfraestruturaMetrópoles globaismobilidade-urbanaRodízio de veículossao-pauloTrânsitoVeículos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame