SP pede que obras hídricas sejam incluídas no PAC
Objetivo seria acelerar a conclusão das obras
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2014 às 20h58.
Brasília - O governo de São Paulo pediu para presidente Dilma Rousseff que sete das oito obras previstas para solucionar a escassez de água no abastecimento da macrorregião de São Paulo e Campinas sejam incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento ( PAC ).
"Desse modo, poderíamos nos beneficiar do Regime Diferenciado de Contratação (RDC) para acelerar a conclusão das obras", disse nesta segunda-feira o secretário do Planejamento de São Paulo Júlio Semeghini, depois de uma reunião de três horas com as ministras do Planejamento, Miriam Belchior, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em Brasília.
Poderão entrar no PAC os projetos de interligação dos reservatórios Atibainha e Jaguari, as estações de produção de água de reúso Sul de São Paulo e Barueri, interligação dos reservatórios Jaguari com o Atibaia, poços artesianos no aquífero Guarani e interligação do Rio Grande com o Guarapiranga.
De fora ficaria a obra da reserva de Pedreiras, em Campinas, e Duas pontes, no município de Amparo. Os projetos preveem investimentos de R$ 3,5 bilhões, de acordo com o governador Geraldo Alckmin, que os entregou à presidente Dilma Rousseff no dia 10. Semeghini disse que as obras deverão ficar prontas em 12, 24 e 36 meses.
Também depois da reunião em seu gabinete, a ministra Miriam Belchior prometeu que o governo federal tomará uma decisão, ao menos parcial, sobre a ajuda nas obras necessárias para equacionar os problemas de desabastecimento de água em São Paulo até a próxima semana.
A ministra informou ainda que na quinta-feira técnicos do governo federal e do governo paulista vão se reunir para "destrinchar o detalhamento das propostas". Hoje e amanhã os técnicos do governo federal vão analisar as planilhas e se preparar para a reunião de quinta.
São Paulo - De acordo com representantes da Organização Mundial de Meteorologia, o ano que vem ainda deve ser de seca em São Paulo. As reservas de água do estado estão nos menores níveis já registrados.
Entre as armas para combater a falta d'água, está a tecnologia . Diversos produtos já foram criados tanto para produzir quanto para purificar água. A seguir, reunimos alguns deles.
Uma fina membrana capaz de remover quase 100% de bactérias e protozoários presentes na água é o segredo do LifeStraw, dispositivo vendido pela empresa suíça Vestergaard. Disponível nas versões canudinho, garrafinha e balde, o LifeStraw está à venda por preços que variam entre cerca de 50 e 190 reais. Nos três modelos, a água é filtrada por essa membrana que retém as impurezas e torna-se potável.
O Waterair é outro dispositivo de capaz de captar a umidade presente no ar e transformá-la em água potável. Para funcionar, a máquina brasileira precisa de uma fonte de energia e níveis de umidade do ar superiores a 10%. Quando ligada, ela absorve a umidade, condensa-a e filtra a água resultante - que então passa por um processo para se tornar potável. Versões capazes de produzir 30, mil e 5 mil litros de água por dia custam, respectivamente, 6 mil, 120 mil e 350 mil reais.
A empresa Seychelle comercializa na internet uma jarra que capaz de remover da água metais pesados (como chumbo e mercúrio) e 99% de contaminantes radiológicos - como urânio e césio. O produto foi desenvolvido para locais em que houve acidentes com radiação e está à venda por cerca de 250 reais.
O Mitto é um sistema de captação e filtragem de água de chuvas, rios e outras fontes criado por estudantes canadenses. Por meio de uma tela externa de plástico, ele capta a água, que é encaminhada para um filtro interno. O Mitto tem capacidade de armazenar até meio litro de água.
Em algumas partes do mundo, conseguir água virou brincadeira de criança. Tudo por conta do PlayPump.
Esse dispositivo é baseado num gira-gira, aquele brinquedo no qual um grupo de crianças ficam sentadas rodando. No PlayPump, o movimento gerado por quem usa o brinquedo é usado para puxar água do subsolo.
Do lado de fora, um tanque de polietileno armazena e filtra a água. Segundo os criadores, um PlayPump é capaz de captar cerca de 1.400 litros de água por hora.
Pesquisadores brasileiros descobriram que a casca de banana consegue filtrar pesticidas que possam estar presentes na água.
Para isso, eles secaram cascas da fruta num forno de 60°C por um dia. Depois, trituraram e peneiraram o material. Com o pó em mãos, misturaram-no à água e agitaram por 40 minutos.
Ao fim do processo, 90% dos pesticidas contidos na água foram absorvidos pela casca de banana.
O cientitsta Alfredo Zolezzi criou um aparelho que purifica água transformando-a em plasma. O plasma é o estado da matéria no qual os átomos perdem sua cobertura de elétrons e ficam todos desordenados - como acontece no Sol, por exemplo.
A invenção consiste num tubo de 30 centímetros alimentado com eletricidade. Nele, a água é acelerada e recebe uma descarga elétrica. Isso a transforma em plasma, destruindo vírus e bactérias. O produto final é uma água mais pura do que a que chega às nossas casas hoje.
O H2prO é um dispositivo criado pela australiana Cynthia Sin Nga Lam, de 17 anos. A máquina é capaz de gerar energia e purificar água ao mesmo tempo.
Para isso, o H2prO conta com redes de titânio nas quais circula água. Quando exposto ao sol, o titânio reage com a água e separa suas moléculas de hidrogênio e oxigênio.
Depois que o hidrogênio é usado para produzir energia, o H2prO o recombina com o oxigênio - produzindo água limpa.
O holandês Piet Oosterling é o criador das turbinas AW. Além de produzir energia, essas turbinas são capazes de extrair água do ar.
A invenção funciona assim: quando o ar passa pela turbina, ele é resfriado, de maneira que a água contida nele se condense e possa ser armazenada.
Em condições ideais, os criadores estimam que uma turbina AW consiga produzir 7.500 litros de água por dia.
As WarkaWater Towers são estruturas feitas de junco e bambu. Por meio de uma tela interna de plástico, essas estruturas conseguem filtrar a umidade da atmosfera e condensá-la, fornecendo quase 100 litros de água por dia.
Elas foram criadas pelo arquiteto italiano Arturo Vittori e tem design inspirado numa árvore da Etiópia.
O engenheiro José Gilberto Dalfré Filho criou um método de desinfecção de água baseado em bolhas.
Nessa técnica, um jato de alta pressão é disparado num reservatório de água. Isso forma bolhas, que crescem até estourar. Quando estouram, elas liberam uma tensão tão alta que rompe as células de organismos que possam estar na água.
Nos bairros pobres de Angola, a torneira mais próxima pode ser achada com uma mensagem de celular. O serviço é fruto de uma parceria entre a agência de socorro Development Workshop e a associação de operadoras Mobile Enabled Community Services.
Quando quer água, o angolano envia uma mensagem de texto para o serviço, que indica a torneira em funcionamento mais próxima.