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SP decreta fim do uso obrigatório de máscara em locais fechados

Com o decreto, não é mais necessário a utilização de máscara em todos os ambientes, com exceção do transporte público e em locais destinados à prestação de serviços de saúde

Governador de São Paulo João Doria. (Governo do Estado de São Paulo/Flickr)

Governador de São Paulo João Doria. (Governo do Estado de São Paulo/Flickr)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 17 de março de 2022 às 17h15.

Última atualização em 18 de março de 2022 às 11h22.

O governador do estado de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quinta-feira (17) que o uso de máscara em locais fechados não é mais obrigatório. Com o decreto, não é mais necessário a utilização de máscara em todos os ambientes, com exceção do transporte público (metrô, ônibus e trens) e em locais destinados à prestação de serviços de saúde, como hospitais e postos de saúde. Desde do dia 9 de março, o uso de máscara em locais abertos não é mais obrigatório.

O novo decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial e passou a valer já nesta quinta-feira. O uso agora torna-se opcional em ambientes como escritórios, comércios, salas de aula, academias, entre outros. As prefeituras têm autonomia para determinar regras relacionadas à pandemia, mas o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), disse que vai acompanhar a decisão do estado de forma integral.

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"Acabo de assinar decreto que libera imediatamente o uso de máscaras em locais fechados em SP. O avanço da vacinação e a queda nas internações e óbitos permitem esta medida. Momento tão esperado depois de dois anos desafiadores. Estou muito feliz!", publicou Doria em sua conta no Twitter.

 

Segundo o governo do estado, a decisão foi baseada em análises técnicas do Comitê Científico do Coronavírus de São Paulo. Os especialistas levaram em consideração o índice de vacinação com duas doses no estado, que atingiu a meta definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde de 90% da população elegível, ou seja, acima de 5 anos imunizada.

Entre as análises também foi considerado que, após 14 dias do feriado de Carnaval, foi constatado uma melhora dos indicadores epidemiológicos, que indicaram uma queda na transmissão da Sars-Cov 2 no estado. Pela sexta semana seguida, São Paulo registra quedas de internações nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva e de enfermaria. Na última semana foi registrada a redução de 18,5% nas novas internações.

Especialistas em saúde pública são contrários à liberação de máscara em ambientes fechados neste momento, por considerarem que a média diária de casos de covid-19 ainda é muito alta no Brasil. "Faz sentido flexibilizar em ambiente aberto sim, mas em ambiente fechado não. É uma medida super eficaz contra o coronavírus e de pouco custo", opina a epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Sabin Institute, nos Estados Unidos.

Segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados na quarta-feira, 16, diariamente mais de 40 mil testes deram positivo para a covid-19 nos últimos sete dias. A média de mortes é de 349.

Outros locais também liberaram o uso de máscara

Na semana passada, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MBD) o fim do uso obrigatório de máscara em ambiente fechado. A liberação já ocorria para locais abertos. No dia 7 de março, a cidade do Rio de Janeiro suspendeu a obrigatoriedade tanto em locais abertos quanto fechados, incluindo o transporte público. De acordo com o prefeito Eduardo Paes (PSD), a decisão foi baseada em um cenário melhor nos números da pandemia.

A cidade do Rio foi a primeira capital do país a retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras. Mais da metade dos estados brasileiros já flexibilizaram o uso da máscara. Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso, por exemplo, desobrigaram o uso em ambiente aberto e fechado. Paraná, Rio Grande do Sul e Espírito Santo estão na lista do que retiraram a obrigatoriedade apenas em local aberto.

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