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"Só se fosse um rato para entregar o telefone", diz Bolsonaro

Não há decisão para apreender o celular do presidente; STF apenas solicitou manifestação da PGR sobre um pedido feito pela oposição, o que é praxe

Jair Bolsonaro: presidente também disse ter "certeza" de que Augusto Aras não dará prosseguimento ao pedido (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Agência O Globo

Publicado em 22 de maio de 2020 às 20h51.

Última atualização em 22 de maio de 2020 às 20h52.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que "jamais" entregará seu telefone celular, mesmo que isso seja determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro disse que só faria isso se fosse um "rato" e classificou uma possível apreensão como "afronta".

— Só se fosse um rato para entregar o telefone — disse Bolsonaro, em entrevista à rádio Joven Pan. — Jamais pegarão meu telefone. Jamais. Seria uma afronta ao presidente da República.

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O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, um pedido apresentado por parlamentares de oposição de apreensão do celular de Bolsonaro.

Como é de praxe, quando "notícia-crime" é apresentada por qualquer cidadão, o caso é remetido para análise do Ministério Público Federal, a quem compete decidir se os fatos narrados devem ou não ser investigados.

Bolsonaro afirmou que Celso de Mello "pecou" porque poderia ter ignorado o pedido.

— O senhor Celso de Mello, lamentavelmente, pecou. Ele podia ignorar.

O presidente também disse ter "certeza" de que Augusto Aras não dará prosseguimento ao pedido.

Em nota, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, afirmou que a apreensão seria uma "afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e interferência inadmissível de outro Poder" e que "poderá ter consequências imprevisíveis".

Acompanhe tudo sobre:Celso de MelloJair BolsonaroSergio MoroSupremo Tribunal Federal (STF)

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