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'Só por teimosia, Padilha vai ficar muito tempo no ministério', diz Lula

Em evento, Lula reafirma confiança no ministro das Relações Institucionais

Luiz Inacio Lula da Silva, Brazil's president, speaks during an event at the Volkswagen Anchieta factory in Sao Bernardo do Campo, Sao Paulo state, Brazil, on Friday, Feb. 2, 2024. Volkswagen AG said it plans to invest 9 billion reais ($1.8 billion) in Brazil from 2026 to 2028, seeking to electrify its cars in the country with a new hybrid platform and fresh models. Photographer: Tuane Fernandes/Bloomberg via Getty Images (Tuane Fernandes/Bloomberg via Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 13 de abril de 2024 às 08h25.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa do titular de Relações Institucionais, Alexandre Padilha nesta sexta, 12, alvo de críticas do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Durante evento em Mato Grosso do Sul,Lula disse que o ministro permanecerá no cargo. "Só de teimosia, o Padilha vai ficar muito tempo nesse ministério, porque não tem ninguém melhor preparado para lidar com a diversidade dentro do Congresso Nacional que o companheiro Padilha", afirmou o presidente.

Segundo Lula, o cargo ocupado por Padilha "parece ser o melhor do mundo nos primeiros seis meses, mas depois começa a ser muito difícil". "Porque nos primeiros seis meses é como um casamento, é tudo maravilhoso. O que acontece é que chega um momento que começa a cobrar."

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Mais cedo, Padilha já havia rebatido Lira, durante agenda no Rio após ser chamado de "incompetente" pelo deputado. "Eu não vou descer a esse nível. Sou filho de uma alagoana arretada que sempre disse: 'Meu filho, se um não quer, dois não brigam'." Declarou ainda que aprendeu a fazer política com Lula, uma política "com civilidade", segundo ele, que vê a parceria do Executivo com o Congresso "como uma dupla de sucesso".

"Queremos repetir esse sucesso que tivemos no ano passado, sem nenhum tipo de rancor. Sobre rancor, a periferia da minha cidade (São Paulo) produziu grande figura, o Emicida, que diz: 'Mano, rancor é igual tumor, envenena a raiz, a plateia só deseja ser feliz'. Eu sou deputado e converso com todos os deputados e deputadas, senadores e senadoras, e sei que todo mundo ali quer ser feliz", afirmou o ministro.

Sobre as acusações de Lira, de que Padilha estaria vazando articulações feitas pelo presidente da Câmara em favor da soltura do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), o articulador do governo disse: "O único ato que nós fizemos publicamente durante a votação foi afirmar que o governo defendia, sim, a prisão desse parlamentar, a partir de um processo de investigação que já dura seis anos".

Nesta semana, a Câmara manteve a prisão de Brazão, suspeito de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). A medida foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Questionado sobre notícias de que teria se enfraquecido com a manutenção da prisão, Lira reagiu: "É lamentável que integrantes do governo, interessados na instabilidade da relação harmônica entre os Poderes, fiquem plantando mentiras".

'Liturgia'

Ontem, o PT divulgou nota em defesa de Padilha. "Ao atacar o ministro, o deputado Arthur Lira compromete a liturgia do cargo de presidente da Câmara e ofende a harmonia entre os Poderes. O Brasil precisa de relações republicanas saudáveis para superar o atual estágio de beligerância", diz o comunicado.

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