Senado decide cancelar recesso parlamentar de julho por pandemia
Câmara e Senado vêm adotando um sistema remoto de votação como forma de respeitar o distanciamento e o isolamento social
Reuters
Publicado em 7 de julho de 2020 às 16h03.
Última atualização em 7 de julho de 2020 às 16h09.
O Senado Federal decidiu cancelar o recesso parlamentar de julho devido à pandemia de covid-19, informou um comunicado da assessoria da imprensa da presidência da Casa nesta terça-feira.
Líderes de bancada do Senado decidiram suspender o recesso, com início previsto para o dia 18 de julho, segundo artigo da Constituição, e marcaram uma sessão presencial em meados de agosto.
"O Senado tomará providências para garantir a segurança sanitária dos senadores em grupos de risco", diz o comunicado.
"Se em agosto a situação da pandemia não melhorar, vão adiar para setembro", continua a nota.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já havia manifestado, em entrevistas coletivas, sua intenção de não interromper os trabalhos da Casa durante o período reservado ao recesso, justamente porque o Parlamento pode ser necessário para aprovar medidas de combate à crise do coronavírus. O deputado também tem a intenção de retomar as sessões presenciais, mas não especificou data e afirmou que a ideia é monitorar a evolução da doença.
Câmara e Senado vêm adotando um sistema remoto de votação como forma de respeitar o distanciamento e o isolamento social e assim evitar a contaminação de servidores e parlamentares, mas até mesmo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), testou positivo para o coronavírus e ficou um período afastado de suas atividades.
Nesta terça-feira o presidente Jair Bolsonaro anunciou que está contaminado com o vírus.