Saúde assina na 3ª contrato por lote adicional da Coronavac, diz Butantan
O governo do Estado de São Paulo, ao qual o Butantan é vinculado, vinha pressionando o ministério a exercer a opção para o lote adicional da Coronavac.
Reuters
Publicado em 29 de janeiro de 2021 às 14h38.
O Ministério da Saúde assinará na terça-feira o contrato para compra de 54 milhões de doses adicionais da Coronavac , vacina contra covid-19 do laboratório chinês Sinovac, disse nesta sexta-feira o presidente do Instituto Butantan , Dimas Covas.
O governo do Estado de São Paulo, ao qual o Butantan é vinculado, vinha pressionando o ministério a exercer a opção para o lote adicional da Coronavac.
"Alguns minutos atrás, quando eu já estava aqui no púlpito, recebi uma comunicação da pessoa responsável pelo departamento de logística do Ministério da Saúde avisando que o contrato será assinado na terça-feira da próxima semana", disse Covas em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
O instituto importou 6 milhões de doses prontas da vacina e está recebendo matéria-prima para envasar mais 40 mihões de doses, o que totaliza o lote inicial já acertado com o Ministério da Saúde de 46 milhões de doses a serem entregues até abril.
Também presente na coletiva, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que o Butantan já entregou 8,6 milhões de doses da Coronavac ao Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. O envio mais recente foi feito nesta sexta e totalizou 1,8 milhão de doses. Na semana que vem, o Butantan receberá matéria-prima para o envase de mais 8,6 milhões de doses.
Pouco antes de Covas anunciar que foi informado pelo ministério que a opção pelo lote adicional será exercida, Doria havia dado prazo até a próxima sexta para que a pasta dissesse se queria ou não as novas doses. Caso contrário, disse ele, o Butantan as forneceria para Estados e municípios.
Além da Coronavac, o Brasil conta até o momento com somente 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford para imunizar os brasileiros contra a Covid-19.