São Paulo está entre as cidades com mais tolerância social, diz estudo
Os autores desenvolveram um complexo índice de tolerância para o "desvio social", ou seja, o grau no qual certos comportamentos se toleram ou se reprimem
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2011 às 19h16.
Washington - As cidades de São Paulo e Caracas estão entre a lista de cidades com mais tolerância à diversidade social, segundo um estudo realizado em 33 países publicado nesta quarta-feira pela revista "Science".
"O enfoque da pesquisa foi o contraste cultural que domina a paisagem geopolítica de hoje", disse a psicóloga Michelle Gelfand, da Universidade de Maryland (EUA) e autora principal do artigo.
O estudo "destaca as diferenças entre as sociedades 'restritas', ou seja, as que têm normas e restrições sociais muito fortes, e pouca tolerância para os desvios dessas normas, e as sociedades 'tolerantes', onde as normas são mais fracas e permitem mais desvios", acrescentou.
Entre as instituições que participaram deste estudo, que entrevistou 6.823 pessoas em 33 países, está a Universidade de Monho, em Braga (Portugal); a Pontifícia Universidad Católica do Peru; o Departamento de Psicologia Social da Universidade de Valência (Espanha); e o Colégio da Fronteira Norte, no México.
Os pesquisadores assinalam que a consideração das ameaças ecológicas e humanas para uma "cultura de tolerância", desde as guerras e as doenças, até os desastres naturais, e da densidade de população até o manejo dos recursos, "ajudam a explicar as diferenças sociais e de comportamento das nações".
Os autores desenvolveram um complexo índice de tolerância para o "desvio social", ou seja, o grau no qual certos comportamentos se toleram ou se reprimem.
Dessa maneira chegaram a uma pontuação sobre o "grau de rigorosidade", cuja média entre as 33 sociedades examinadas é de 6,5 pontos.
Entre as sociedades mais restritas, de acordo com este estudo, está a de Hyderabad (Paquistão) com 12,3 pontos; Bandar Baru Bangi (Malásia) com 11,8 pontos; Ahmedabad, Bhubaneswar, Chandigarh e Coimbatore (Índia), com 22 pontos; Cingapura com 10,4 pontos; e Seul (Coreia do Sul) com 10 pontos.
As mais tolerantes das sociedades examinadas são as de Odesa (Ucrânia) com 1,6 pontos; Budapeste e Szeged (Hungria) com 2,9 pontos; Groningen (Holanda) com 3,3 pontos; São Paulo com 3,5 pontos; e Caracas (Venezuela) com 3,7 pontos.
O grau de tolerância foi medida através de perguntas questionando situações sociais cotidianas, como comer, rir, xingar, beijar, chorar, cantar, falar, paquerar, escutar música, ler um jornal e pechinchar nas compras.
Segundo os autores, as sociedades mais estritas, que são as que têm mais probabilidades de ser governadas de forma autocrática, têm menos liberdade de expressão, mais leis e regulamentações, menos acesso às novas tecnologias de comunicação e menos direitos e liberdades civis que as nações mais tolerantes.
Washington - As cidades de São Paulo e Caracas estão entre a lista de cidades com mais tolerância à diversidade social, segundo um estudo realizado em 33 países publicado nesta quarta-feira pela revista "Science".
"O enfoque da pesquisa foi o contraste cultural que domina a paisagem geopolítica de hoje", disse a psicóloga Michelle Gelfand, da Universidade de Maryland (EUA) e autora principal do artigo.
O estudo "destaca as diferenças entre as sociedades 'restritas', ou seja, as que têm normas e restrições sociais muito fortes, e pouca tolerância para os desvios dessas normas, e as sociedades 'tolerantes', onde as normas são mais fracas e permitem mais desvios", acrescentou.
Entre as instituições que participaram deste estudo, que entrevistou 6.823 pessoas em 33 países, está a Universidade de Monho, em Braga (Portugal); a Pontifícia Universidad Católica do Peru; o Departamento de Psicologia Social da Universidade de Valência (Espanha); e o Colégio da Fronteira Norte, no México.
Os pesquisadores assinalam que a consideração das ameaças ecológicas e humanas para uma "cultura de tolerância", desde as guerras e as doenças, até os desastres naturais, e da densidade de população até o manejo dos recursos, "ajudam a explicar as diferenças sociais e de comportamento das nações".
Os autores desenvolveram um complexo índice de tolerância para o "desvio social", ou seja, o grau no qual certos comportamentos se toleram ou se reprimem.
Dessa maneira chegaram a uma pontuação sobre o "grau de rigorosidade", cuja média entre as 33 sociedades examinadas é de 6,5 pontos.
Entre as sociedades mais restritas, de acordo com este estudo, está a de Hyderabad (Paquistão) com 12,3 pontos; Bandar Baru Bangi (Malásia) com 11,8 pontos; Ahmedabad, Bhubaneswar, Chandigarh e Coimbatore (Índia), com 22 pontos; Cingapura com 10,4 pontos; e Seul (Coreia do Sul) com 10 pontos.
As mais tolerantes das sociedades examinadas são as de Odesa (Ucrânia) com 1,6 pontos; Budapeste e Szeged (Hungria) com 2,9 pontos; Groningen (Holanda) com 3,3 pontos; São Paulo com 3,5 pontos; e Caracas (Venezuela) com 3,7 pontos.
O grau de tolerância foi medida através de perguntas questionando situações sociais cotidianas, como comer, rir, xingar, beijar, chorar, cantar, falar, paquerar, escutar música, ler um jornal e pechinchar nas compras.
Segundo os autores, as sociedades mais estritas, que são as que têm mais probabilidades de ser governadas de forma autocrática, têm menos liberdade de expressão, mais leis e regulamentações, menos acesso às novas tecnologias de comunicação e menos direitos e liberdades civis que as nações mais tolerantes.