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Rui Falcão abrirá congresso do PT com crítica ao STF

Presidente nacional da legenda vai destinar parte do seu discurso na abertura do 5º Congresso Nacional do PT para criticar o julgamento do mensalão

Rui Falcão: para o deputado, nunca antes neste País se combateu a corrupção como ocorreu nos governos Lula e Dilma (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 19h22.

Brasília - Na abertura do 5º Congresso Nacional do PT, que será realizado nesta quinta-feira, 12, em Brasília, o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, vai destinar parte do seu discurso para criticar o julgamento do mensalão, atacar os futuros adversários nas próximas eleições, a grande imprensa, que classifica de conservadora, e dizer que o partido é favorito para as eleições de 2014.

O evento também será marcado pela posse de Falcão, que foi reeleito em novembro para um mandato de mais quatro anos no comando da legenda.

Logo no início do pronunciamento, que a reportagem teve acesso, Rui Falcão, afirma que não cabe a ninguém dar lição de ética, de sentido de política e de justiça social ao PT.

"Ninguém pode se arvorar no direito de nos dar lição de ética! Ninguém pode se arvorar no direito de nos ensinar qual o verdadeiro sentido da política! Ninguém pode se arvorar no direito de nos ensinar o que significa justiça social! Mas nós, sim, podemos e devemos dar uma lição permanente, a nós mesmos, de renovação, autocrítica e de avanço", diz Falcão no discurso.

No trecho dedicado ao processo do mensalão, ele diz que o "povo" foi alvo de manipulação. "É o típico caso da manipulação realimentando a mentira e da mentira realimentando a manipulação. A história vai provar que nossos companheiros foram condenados sem provas, em um processo nitidamente político, influenciado pela mídia conservadora", destaca.

Mensalão mineiro

Ele também levanta a questão sobre o atraso da Justiça em julgar processos em que integrantes da oposição estariam supostamente envolvidos: "Por quê o silêncio de mais de uma década, no martelo dos juízes, no famoso mensalão do PSDB mineiro? Por quê o tratamento diferenciado de certos setores da grande imprensa em relação ao "trensalão" do governo tucano de São Paulo? Por quê a tentativa insidiosa de tentar reverter o escândalo da máfia do ISS denunciado pela prefeitura paulistana?", questiona.


Para Rui Falcão, nunca antes neste País se combateu a corrupção como ocorreu nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e no da presidente Dilma Rousseff.

Eleições

Em relação às próximas eleições, o presidente do PT diz que o partido é favorito e volta o foco aos adversários. "Não faremos uma campanha no estilo mar de lama como nossos adversários estão acostumados, e na qual, aliás, foram treinados por seus ancestrais", afirma. O petista ressalta, no entanto, que o partido não levará desaforo para casa.

Em relação às alianças, Rui Falcão destaca que deve haver princípios. "Ou seja, nacionalmente, e em cada Estado, vamos formalizar alianças e definir nossos parceiros em torno de compromissos que tenham sintonia e equilíbrio com o programa nacional e, obviamente, observem certas circunstâncias regionais".

O Congresso Nacional do PT ocorre desta quinta a sábado, em Brasília. A cerimônia de abertura também deverá contar com a presença da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula. Nesta sexta-feira, 13, está previsto um ato de desagravo em que integrantes do partido devem questionar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao mensalão.

No sábado, 14, haverá a plenária final com aprovação do texto de contribuição apresentado pelos dirigentes Marco Aurélio Garcia e Ricardo Berzoini. Participam do Congresso 800 delegados de 26 Estados e do Distrito Federal, os membros do Diretório Nacional e os presidentes estaduais do PT eleitos no PED 2013.

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O evento também será marcado pela posse de Falcão, que foi reeleito em novembro para um mandato de mais quatro anos no comando da legenda.

Logo no início do pronunciamento, que a reportagem teve acesso, Rui Falcão, afirma que não cabe a ninguém dar lição de ética, de sentido de política e de justiça social ao PT.

"Ninguém pode se arvorar no direito de nos dar lição de ética! Ninguém pode se arvorar no direito de nos ensinar qual o verdadeiro sentido da política! Ninguém pode se arvorar no direito de nos ensinar o que significa justiça social! Mas nós, sim, podemos e devemos dar uma lição permanente, a nós mesmos, de renovação, autocrítica e de avanço", diz Falcão no discurso.

No trecho dedicado ao processo do mensalão, ele diz que o "povo" foi alvo de manipulação. "É o típico caso da manipulação realimentando a mentira e da mentira realimentando a manipulação. A história vai provar que nossos companheiros foram condenados sem provas, em um processo nitidamente político, influenciado pela mídia conservadora", destaca.

Mensalão mineiro

Ele também levanta a questão sobre o atraso da Justiça em julgar processos em que integrantes da oposição estariam supostamente envolvidos: "Por quê o silêncio de mais de uma década, no martelo dos juízes, no famoso mensalão do PSDB mineiro? Por quê o tratamento diferenciado de certos setores da grande imprensa em relação ao "trensalão" do governo tucano de São Paulo? Por quê a tentativa insidiosa de tentar reverter o escândalo da máfia do ISS denunciado pela prefeitura paulistana?", questiona.


Para Rui Falcão, nunca antes neste País se combateu a corrupção como ocorreu nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e no da presidente Dilma Rousseff.

Eleições

Em relação às próximas eleições, o presidente do PT diz que o partido é favorito e volta o foco aos adversários. "Não faremos uma campanha no estilo mar de lama como nossos adversários estão acostumados, e na qual, aliás, foram treinados por seus ancestrais", afirma. O petista ressalta, no entanto, que o partido não levará desaforo para casa.

Em relação às alianças, Rui Falcão destaca que deve haver princípios. "Ou seja, nacionalmente, e em cada Estado, vamos formalizar alianças e definir nossos parceiros em torno de compromissos que tenham sintonia e equilíbrio com o programa nacional e, obviamente, observem certas circunstâncias regionais".

O Congresso Nacional do PT ocorre desta quinta a sábado, em Brasília. A cerimônia de abertura também deverá contar com a presença da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula. Nesta sexta-feira, 13, está previsto um ato de desagravo em que integrantes do partido devem questionar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao mensalão.

No sábado, 14, haverá a plenária final com aprovação do texto de contribuição apresentado pelos dirigentes Marco Aurélio Garcia e Ricardo Berzoini. Participam do Congresso 800 delegados de 26 Estados e do Distrito Federal, os membros do Diretório Nacional e os presidentes estaduais do PT eleitos no PED 2013.

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