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Rui Costa presta depoimento à CPI do MST nesta quarta-feira

Colegiado também deve votar requerimentos de quebra de sigilo

Rui Costa: convocação ocorreu na última semana, em meio à nova temporada de invasões promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. (José Cruz/Agência Brasil)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 9 de agosto de 2023 às 08h10.

A CPI do MST colherá o depoimento do ministro da Casa Civil, Rui Costa, nesta quarta-feira. A convocação dele ocorreu na última semana, em meio à nova temporada de invasões promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Desde o mês passado, quatro terrenos foram ocupados em Pernambuco, Bahia e Goiás, inclusive em área da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), referência para o desenvolvimento de tecnologia no campo. Na sessão desta quarta, marcada para as 14h, o colegiado votará ainda requerimentos para quebrar sigilos e ouvir outras pessoas ligadas à disputa agrária.

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Na quinta-feira, a CPI também ouvirá o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. Já o líder do MST, João Pedro Stédile, será interrogado no dia 15. Os dois irão como convidados.

Além de ouvir os ministros, membros da CPI do MST se articulam para conseguir a ampliação do tempo de trabalho do colegiado por 60 dias. Inicialmente prevista para durar 120 dias, a CPI deveria terminar em setembro. Entretanto, de acordo com seu presidente, o deputado Coronel Zucco (Republicanos-RS), os primeiros pedidos de informação feitos por meio de requerimentos começaram a chegar recentemente.

Diante do recesso parlamentar de duas semanas e de interrupções para os festejos de São João e para as negociações da Reforma Tributária, os trabalhos também ficaram paralisados por aproximadamente um mês. Por isso, Zucco e o relator da CPI, Ricardo Salles (PL-SP), pedirão a prorrogação do prazo por 60 dias ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PL-AL), nesta semana.

Antes disso, Zucco pretende realizar uma espécie de "votação simbólica" no plenário da CPI, perguntando aos parlamentares se eles desejam seguir com as apurações que tentam mostrar oenvolvimento de governistas com invasões ilegais de terras por membros do MST neste ano. Embora apenas a canetada de Lira seja necessária, o tema será submetido ao colegiado, como forma de mostrar que este é um interesse coletivo. Com a maioria das cadeiras da CPI ocupada por opositores, a prorrogação não deve enfrentar dificuldades para ser aprovada.

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