Rio tem diminuição na procura por vacina contra o vírus HPV
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, na campanha atual, apenas 15% do público-alvo foi vacinado
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2014 às 18h24.
Rio de Janeiro - A procura pela segunda dose da vacina contra o papiloma vírus humano (HPV) em meninas de 11 a 13 anos, no Rio de Janeiro, diminuiu em relação à primeira fase da campanha, lançada em março deste ano.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, na campanha atual, apenas 15% do público-alvo foi vacinado, enquanto que, no mesmo período de vacinação da primeira fase, 59,9% da meta de imunização já haviam sido alcançados.
A segunda fase foi iniciada no início do mês.
Segundo a Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde do Rio, a diminuição na procura pode ter ocorrido a partir de boatos sobre reações adversas que a vacina causaria, já que em São Paulo houve internações de meninas após a aplicação da vacina, com sintomas como paralisia das pernas, falta de sensibilidade nos membros e dores de cabeça, problemas atribuídos a reações psicológicas.
O órgão, porém, considera que ainda não há certeza de uma explicação, visto que em outras campanhas a busca também é menor a partir da segunda fase.
A Agência Brasil procurou a Secretaria Municipal de Saúde, mas a assessoria de imprensa informou que esse é um problema de âmbito nacional, não ocorrendo somente no Rio de Janeiro.
Já a superintendência confirmou, por sua assessoria, que caso esse quadro seja confirmado nas próximas semanas, ou se houver indícios dessa possibilidade, a secretaria pretende iniciar uma campanha de imunização nas escolas, em postos volantes de vacinação e ainda ações comunitárias, para alavancar os índices de vacinação.
A vacina tem eficácia comprovada na proteção de mulheres que ainda não tiveram contato com o vírus HPV, que também causa o câncer de colo de útero.
Para ter a imunidade completa, as adolescentes precisam tomar três doses, sendo a segunda com seis meses e a terceira, cinco anos após a primeira.
Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para meninas de 9 a 11 anos e, em 2016, às de 9 anos. Além dos postos de saúde , as clínicas particulares também oferecem a vacina.