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Questionado sobre impeachment de Bolsonaro, Maia diz que não causará crise

Deputado afirmou que o Parlamento não será instrumento de turbulências, o que poderia, segundo ele, trazer mais incertezas e piorar a crise do coronavírus

Rodrigo Maia: presidente da Câmara comentou as recentes demissões dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e da Justiça Sergio Moro (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 27 de abril de 2020 às 15h26.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira que o Parlamento não será instrumento de turbulências e crise política, o que poderia trazer mais incertezas e dar "contornos ainda mais graves" à crise da pandemia do coronavírus .

Ao ser questionado sobre os pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro, Maia defendeu que o momento exige "paciência" e garantiu que a Câmara manterá seu foco no debate e votações de propostas de enfrentamento da crise.

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Maia comentou ainda as recentes demissões dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e da Justiça Sergio Moro, afirmando que as mudanças nas pastas durante a pandemia geram insegurança, assim como eventual desembarque do ministro da Economia, Paulo Guedes, teria impacto negativo.

Maia defendeu o direito de o Senado debater e retificar o texto da Câmara de ajuda a Estados e municípios durante o estado de calamidade por conta da crise do coronavírus, e acrescentou que precisa ir à sanção presidencial uma solução aos entes, que estão próximos do "colapso".

Maia disse ter convicção sobre a adoção de "seguro-receita" a Estados e municípios por meio da compensação, por parte da União, das perdas de arrecadação do ICMS e ISS, previsto no texto produzido pelos deputados agora em análise no Senado.

O governo, no entanto, encara a proposta como uma "bomba fiscal" e negocia a votação de outro projeto no Senado, de autoria do vice-presidente da Casa, Antonio Anastasia (PSD-MG). O relator da proposta, o próprio presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), reúne-se nesta tarde com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tratar do tema.

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