Queremos que aceitem o veredicto das urnas, diz Dilma
Ela também voltou a reforçar o discurso que tem sido adotado pelo PT para combater as forças políticas que se movimentam para abrir um processo de impeachment
Da Redação
Publicado em 17 de setembro de 2015 às 15h02.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff dedicou boa parte de seu discurso na cerimônia de recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a fazer considerações sobre a Lava Jato , mesmo sem citar diretamente a operação da Polícia Federal.
Ela também voltou a reforçar o discurso que tem sido adotado pelo PT para combater as forças políticas que se movimentam para abrir um processo de impeachment.
"Queremos um país em que os políticos pleiteiem o poder por meio do voto e aceitem os veredictos das urnas. Em que os juízes julguem com liberdade e imparcialidade, sem pressões de qualquer natureza e desligados de paixões político-partidários. Jamais transigindo com a presunção da inocência de qualquer cidadão", disse.
De acordo com a presidente, nesses tempos em que por vezes "a luta política provoca calor quando devia emitir luz" o papel da Procuradoria-Geral da República se torna ainda mais relevante, como defensora da lei, da justiça e da estabilidade das instituições.
Segundo Dilma, todos devem contribuir para que a civilidade prevaleça e para que a tolerância, o respeito e a diversidade voltem a imperar.
"Queremos que o Estado de Direito conquistado após intensa e heroica luta dos brasileiros não seja apenas um mero princípio formal entalhado em nossa Constituição, mas uma realidade viva, permanente, expressa em todas as decisões e atos do Poder Executivo, do Poder Legislativo, do Judiciário e do próprio Ministério Público. Queremos finalmente que as duras sanções da lei recaiam sobre todos os que praticaram atos (ilícitos), sem exceção, mas nunca com desrespeito do princípio do contraditório e da ampla defesa", afirmou.
Corrupção
Dilma voltou a falar que "poucos governos na nossa história se dedicaram de maneira tão enérgica e metódica à construção de um ambiente político e legal propício ao combate da corrupção".
Sem citar a Operação Lava Jato, Dilma também ressaltou que sua administração nunca utilizou o poder governamental, direta ou indiretamente, para bloquear ou obstaculizar investigações.
Segundo a presidente, as ações têm que ser realizadas "com firmeza e todas as garantias" pelas autoridades competentes.
"Aprovamos leis que criaram importantes instrumentos para aumentar a transparência e fortalecer a fiscalização dos gastos públicos e dar efetividade ao combate de todas as formas de improbidades. Apresentamos importantes medidas legislativas com claro objetivo de coibir e de atribuir sanções mais efetivas e severas aos que corrompem e são corrompidos", afirmou durante o discurso que durou cerca de 13 minutos.
A presidente salientou que esse contexto de "luta intransigente pela defesa do patrimônio público e da moralidade administrativa" permitiu que o Brasil passasse a ter a aplicação efetiva do princípio da impessoalidade.
Na sequência, ela afirmou que, pela primeira vez, o País assistiu à recuperação pelo Estado de "vultosos recursos desviados por agentes públicos e privados responsáveis por atos de corrupção", referindo-se ao montante já devolvido aos cofres públicos pelos réus da Lava Jato.
"Nunca se combateu a corrupção tão severamente. Assim tem sido e assim será, pois o compromisso do meu governo é não compactuar sob qualquer circunstância com ilícitos e malfeitos."
Dilma ainda disse que a democracia brasileira se fortalece quando as autoridades assumem o limite da lei como o seu próprio limite.
"Quando se comportam com isenção, sobriedade, pudor e respeito pelas instituições que atuam. Todos nós queremos um País em que a lei é o limite. Muitos de nós lutamos por isso, justamente quando as leis e direitos foram vilipendiados", falou.
Antes, Janot fez um discurso breve em que se emocionou ao agradecer o apoio da família. Na cerimônia, estavam presentes procuradores da República e autoridades como a ministra Carmem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Brasília - A presidente Dilma Rousseff dedicou boa parte de seu discurso na cerimônia de recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a fazer considerações sobre a Lava Jato , mesmo sem citar diretamente a operação da Polícia Federal.
Ela também voltou a reforçar o discurso que tem sido adotado pelo PT para combater as forças políticas que se movimentam para abrir um processo de impeachment.
"Queremos um país em que os políticos pleiteiem o poder por meio do voto e aceitem os veredictos das urnas. Em que os juízes julguem com liberdade e imparcialidade, sem pressões de qualquer natureza e desligados de paixões político-partidários. Jamais transigindo com a presunção da inocência de qualquer cidadão", disse.
De acordo com a presidente, nesses tempos em que por vezes "a luta política provoca calor quando devia emitir luz" o papel da Procuradoria-Geral da República se torna ainda mais relevante, como defensora da lei, da justiça e da estabilidade das instituições.
Segundo Dilma, todos devem contribuir para que a civilidade prevaleça e para que a tolerância, o respeito e a diversidade voltem a imperar.
"Queremos que o Estado de Direito conquistado após intensa e heroica luta dos brasileiros não seja apenas um mero princípio formal entalhado em nossa Constituição, mas uma realidade viva, permanente, expressa em todas as decisões e atos do Poder Executivo, do Poder Legislativo, do Judiciário e do próprio Ministério Público. Queremos finalmente que as duras sanções da lei recaiam sobre todos os que praticaram atos (ilícitos), sem exceção, mas nunca com desrespeito do princípio do contraditório e da ampla defesa", afirmou.
Corrupção
Dilma voltou a falar que "poucos governos na nossa história se dedicaram de maneira tão enérgica e metódica à construção de um ambiente político e legal propício ao combate da corrupção".
Sem citar a Operação Lava Jato, Dilma também ressaltou que sua administração nunca utilizou o poder governamental, direta ou indiretamente, para bloquear ou obstaculizar investigações.
Segundo a presidente, as ações têm que ser realizadas "com firmeza e todas as garantias" pelas autoridades competentes.
"Aprovamos leis que criaram importantes instrumentos para aumentar a transparência e fortalecer a fiscalização dos gastos públicos e dar efetividade ao combate de todas as formas de improbidades. Apresentamos importantes medidas legislativas com claro objetivo de coibir e de atribuir sanções mais efetivas e severas aos que corrompem e são corrompidos", afirmou durante o discurso que durou cerca de 13 minutos.
A presidente salientou que esse contexto de "luta intransigente pela defesa do patrimônio público e da moralidade administrativa" permitiu que o Brasil passasse a ter a aplicação efetiva do princípio da impessoalidade.
Na sequência, ela afirmou que, pela primeira vez, o País assistiu à recuperação pelo Estado de "vultosos recursos desviados por agentes públicos e privados responsáveis por atos de corrupção", referindo-se ao montante já devolvido aos cofres públicos pelos réus da Lava Jato.
"Nunca se combateu a corrupção tão severamente. Assim tem sido e assim será, pois o compromisso do meu governo é não compactuar sob qualquer circunstância com ilícitos e malfeitos."
Dilma ainda disse que a democracia brasileira se fortalece quando as autoridades assumem o limite da lei como o seu próprio limite.
"Quando se comportam com isenção, sobriedade, pudor e respeito pelas instituições que atuam. Todos nós queremos um País em que a lei é o limite. Muitos de nós lutamos por isso, justamente quando as leis e direitos foram vilipendiados", falou.
Antes, Janot fez um discurso breve em que se emocionou ao agradecer o apoio da família. Na cerimônia, estavam presentes procuradores da República e autoridades como a ministra Carmem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).