Quedas de avião são causadas por vários fatores, diz especialista
As causas da queda do avião que levava o time da Chapecoense para Medellín, na Colômbia, na madrugada desta terça, ainda são desconhecidas
Agência Brasil
Publicado em 29 de novembro de 2016 às 15h36.
Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 15h47.
O especialista em prevenção de acidentes aéreos e diretor da Air Safety Assessoria Aeronáutica, Luiz Alberto Bohrer, afirmou hoje (29) que a queda de um avião não pode ser atribuída a apenas uma causa, mas a uma série de circunstâncias que leva ao desastre aéreo.
As causas da queda do avião que levava o time da Chapecoense para Medellín, na Colômbia, na madrugada desta terça-feira (29), ainda são desconhecidas. Ao menos 70 pessoas morreram.
"Fala-se em uma possível pane elétrica ou a falta de combustível. Era noite, estava chovendo, é uma área montanhosa. É um complexo de circunstâncias que podem ser desfavoráveis à normalidade de um voo se somadas. Uma só não levaria ao colapso do voo. Com certeza, a investigação vai mostrar as causas porque uma pane elétrica sozinha, o mau tempo sozinho, existem recursos para se contornar e se prevenir um acidente nessas situações, mas, para isso, envolve treinamento do piloto e manutenção da aeronave. Tudo isso a investigação vai revelar. Por isso, é prematuro querer adivinhar qualquer coisa neste momento", disse Bohrer ao Revista Brasil, programa de rádio Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
A Aviação Civil da Colômbia considera a possibilidade de ter acabado o combustível do avião que levava o time da Chapecoense para a cidade de Medellín.
De acordo com o responsável pela Agência de Aviação Civil local (Aerocivil), Alfredo Bocanera, os investigadores não excluem esta como uma das possíveis causas do acidente, segundo a Agência Ansa.
Oficialmente, porém, as autoridades colombianas continuam falando que o acidente teria sido provocado por uma falha elétrica e que o piloto teria esvaziado os tanques como medida de segurança.
A aeronave foi encontrada em uma região montanhosa de difícil acesso em Cerro Gordo, nas proximidades da cidade de La Unión, a 30 quilômetros do aeroporto. Não havia sinais de explosão e sete pessoas foram resgatadas com vida.
Segundo o especialista Luiz Alberto Bohrer, buscar as gravações da cabine da aeronave para análise do voo e verificar os motores, com uma inspeção visual antes de removê-los para saber se tinham ou não potência, são algumas das ações normalmente feitas antes de se recolher os destroços.
"Este é um protocolo numa investigação de acidente aéreo. Dependendo da complexidade do acidente e da clareza das informações, a investigação pode ser mais rápida ou demorada", comentou.*Com informações da Revista Brasil