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Qualidade da água do volume morto é boa, diz Alckmin

Com base em especialistas, Ministério Público Estadual manifestou preocupação com o risco de esse líquido carrear poluentes tóxicos do fundo dos reservatórios

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin: "A água sai da parte mais baixa e isso é feito há décadas. Não existe isso de ter poluentes" (Du Amorim/Governo de São Paulo)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2014 às 17h37.

Vargem Grande Paulista - Após informar que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) já concluiu mais de 80% das obras que possibilitarão o uso do chamado "volume morto" do Sistema Cantareira - a água do fundo dos reservatórios -, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) garantiu nesta quinta-feira, 10, que a qualidade dessa água é boa.

Com base em pareceres de especialistas, o Ministério Público Estadual manifestou preocupação com o risco de esse líquido carrear também poluentes tóxicos do fundo dos reservatórios.

"A reserva técnica é para ser utilizada quando você tem uma situação crítica, como agora. Essa história de que a água não tem a mesma qualidade não é verdade", afirmou Alckmin.

Segundo o governador, a água que hoje vai do Sistema Cantareira para as bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) e abastece as regiões de Campinas e Piracicaba, não sai da superfície, e sim do fundo da represa.

"A água sai da parte mais baixa e isso é feito há décadas. Não existe isso de ter poluentes."

Ao comentar a crise no abastecimento, o governador disse que grandes cidades dos Estados Unidos também enfrentam a falta de água.

"A costa oeste do Pacífico, região da Califórnia, está totalmente seca, inclusive a capital, Sacramento, e também grandes cidades como Los Angeles e São Francisco. Estamos vivendo momentos de alterações climáticas impressionantes, mas não é só no Brasil", afirmou.

Alckmin, que voltou a admitir a possibilidade de adotar o racionamento na Grande São Paulo, disse que a estiagem na região do Sistema Cantareira é a pior dos últimos 84 anos. Nesta quinta, o sistema que abastece a maior parte da Grande São Paulo baixou para 12,4% da capacidade.

"Enquanto o norte do Brasil tem regiões em calamidade pública por estar tudo debaixo de água, no sudeste tivemos meses extremamente secos. Então, é preciso fazer um esforço evitando desperdícios e economizando água."

De acordo com o governador, 76% dos usuários reduziram o consumo na região da Cantareira e, desses, 37% ganharam um bônus - um desconto de 30% na conta - porque a redução foi acima de 20% do consumo normal.

O Sistema São Lourenço, cujas obras Alckmin lançou nesta quinta-feira em Vargem Grande Paulista, vai captar 4,7 metros cúbicos de água por segundo na Represa do França, formada pelo Rio Juquiá, no Vale do Ribeira.

A água será distribuída para 1,5 milhão de moradores de sete cidades a oeste da capital. O sistema, resultado de uma Parceria Público-Privada (PPP), fica pronto em 2018.

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Vargem Grande Paulista - Após informar que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) já concluiu mais de 80% das obras que possibilitarão o uso do chamado "volume morto" do Sistema Cantareira - a água do fundo dos reservatórios -, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) garantiu nesta quinta-feira, 10, que a qualidade dessa água é boa.

Com base em pareceres de especialistas, o Ministério Público Estadual manifestou preocupação com o risco de esse líquido carrear também poluentes tóxicos do fundo dos reservatórios.

"A reserva técnica é para ser utilizada quando você tem uma situação crítica, como agora. Essa história de que a água não tem a mesma qualidade não é verdade", afirmou Alckmin.

Segundo o governador, a água que hoje vai do Sistema Cantareira para as bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) e abastece as regiões de Campinas e Piracicaba, não sai da superfície, e sim do fundo da represa.

"A água sai da parte mais baixa e isso é feito há décadas. Não existe isso de ter poluentes."

Ao comentar a crise no abastecimento, o governador disse que grandes cidades dos Estados Unidos também enfrentam a falta de água.

"A costa oeste do Pacífico, região da Califórnia, está totalmente seca, inclusive a capital, Sacramento, e também grandes cidades como Los Angeles e São Francisco. Estamos vivendo momentos de alterações climáticas impressionantes, mas não é só no Brasil", afirmou.

Alckmin, que voltou a admitir a possibilidade de adotar o racionamento na Grande São Paulo, disse que a estiagem na região do Sistema Cantareira é a pior dos últimos 84 anos. Nesta quinta, o sistema que abastece a maior parte da Grande São Paulo baixou para 12,4% da capacidade.

"Enquanto o norte do Brasil tem regiões em calamidade pública por estar tudo debaixo de água, no sudeste tivemos meses extremamente secos. Então, é preciso fazer um esforço evitando desperdícios e economizando água."

De acordo com o governador, 76% dos usuários reduziram o consumo na região da Cantareira e, desses, 37% ganharam um bônus - um desconto de 30% na conta - porque a redução foi acima de 20% do consumo normal.

O Sistema São Lourenço, cujas obras Alckmin lançou nesta quinta-feira em Vargem Grande Paulista, vai captar 4,7 metros cúbicos de água por segundo na Represa do França, formada pelo Rio Juquiá, no Vale do Ribeira.

A água será distribuída para 1,5 milhão de moradores de sete cidades a oeste da capital. O sistema, resultado de uma Parceria Público-Privada (PPP), fica pronto em 2018.

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